sábado, 26 de março de 2011

Porgy & Bess - Ella Fitzgerald & Louis Armstrong



Porgy & Bess - Ella Fitzgerald & Louis Armstrong


Track List:


1. Overture (10:52)
2. Summertime (4:58)
3. I Wants To Stay Here (4:38)
4. My Man’s Gone Now (4:02)
5. I Got Plenty O’Nuttin’ (3:52)
6. Buzzard Song (2:58)
7. Bess, You Is My Woman Now (5:28)
8. It Ain’t Necessarily So (6:34)
9. What You Want Wid Bess? (1:59)
10. A Woman Is A Sometime Thing (4:47)
11. Oh, Doctor Jesus (2:00)
12. Medley: Here Come De Honey Man/Crab man/Oh Dey's So Fresh And Fine (Strawberry Woman) (3:29)
13. There's A Boat That Leavin' Soon For New York (4:54)
14. Bess, Oh Where’s My Bess? (3:36)
15. Oh Lawd, I’m On My Way (2:57)


Músicos:


Louis Armstrong - Trompete & Vocais
Ella Fitzgerald - Voz
Paul Smith - Piano
Alvin Stoller - Bateria


Ella Fitzgerald:


Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 — Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "First Lady of Song" (em portugues: Primeira Dama da Música) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz norte americana. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prêmios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.


Louis Armstrong:


Louis Armstrong ou Satchmo, como ficou conhecido, começou a tocar aos 12 anos, em uma banda amadora na casa de correção juvenil em New Orleans, onde estava por ter disparado uma arma para cima na passagem de ano novo. Com 14 anos e já livre da prisão, trabalhava vendendo papéis velhos, carregando peso nas docas e vendendo carvão. Começou também a tocar em casas noturnas e nas grandes barcas do rio Mississipi.

Na zona da prostituição da cidade, a Storyville, conheceu grandes nomes daquilo que viria a ser o jazz, como Sidney Bechet e Joe Lindsay. Quando a zona de má reputação foi fechada pela Marinha americana, todos eles se mudaram para Chicago à procura de emprego.

Em 1922, Satchmo entrou para a King Oliver's Creole Jazz Band, onde passou a ser ouvido por públicos maiores. Em 1925, após apresentar-se com a banda de Fletcher Henderson em Nova York, voltou a Chicago e formou seu próprio grupo, o Louis Armstrong Hot Five, com o qual fez gravações consideradas até hoje clássicos, como "Chicago Dixieland". Suas gravações estão entre as primeiras de artistas negros.

Em 1932, realizou a primeira de muitas excursões à Europa. Sua popularidade cresceu com o rádio, os filmes e mais tarde, com a televisão. A voz grave e um estilo inconfundível de cantar, emitindo às vezes sílabas sem sentido, em vez da letra da canção, como se a voz imitasse um instrumento, tornou-se sua marca registrada, tanto quanto o seu trompete.

O músico morreu dormindo em sua casa no Queens, em Nova York. Armstrong, porém, permanece como um dos mais famosos nomes do blues e do jazz de todos os tempos.


O Disco:


Caros amigos leitores! Hoje, aqui no Planeta Música Inteligente, falarei sobre outro de meus discos favoritos de todos os tempos; Porgy & Bess, de Ella Fitzgerald em sua terceira parceria com Louis Armstonrg!

Primeiramente, confesso-lhes; sou fã declarado e de carteirinha de ambos. Se pudesse escolher, confesso, minha preferência, independentemente de quais motivos, seria Ella Fitzgerald; jamais poderia deixar meu querido Planeta Música Inteligente sem os traços marcantes de sua voz inigualável; mas Armstrong, em minha preferência musical, não fica muito atrás, definitivamente. Para quem não sabe, a imagem na diagonal superior à esquerda de meu blog, é de Louis Armstrong. Por fim, parafraseando os críticos mais exigentes, "se Armstrong não tivesse existido, o jazz não seria reconhecido como é: um modo universal de expressão musical".

Logo, Porgy & Bess é um deleite para os fãs de ambos os artistas. Confesso-lhes; não sou grande apreciador de ópera (mas sim um profundo apreciador de música erudita), mas a história apresentada em Porgy & Bess, além da interpretação que dispensa comentários por parte da dupla.

O disco contém as canções da ópera homônima de George e Ira Gershwin e DuBose Heyward, encenada pela primeira vez mais de vinte anos antes da interpretação de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. Mas, apenas a título de curiosidade, Ella e Louis não foram os únicos a homenagear a trilha dos irmãos Gershwin: Miles Davis e Gil Evans também o fizeram, mais ou menos na mesma época, quando Porgy & Bess foi para o cinema. Enfim, voltando à Porgy & Bess, com arranjos e direção musical de Russell Garcia e apoiados por uma vasta orquestra dominada pelas seções de cordas, Louis e Ella chamaram a si a totalidade das partes vocais da ópera, cada um acumulando todos os personagens; tanto os masculinos quanto os femininos.

O interessante é que a peça consistia na história de um mendigo da Carolina do Sul, Porgy, que lutava para defender Bess do namorado violento e um traficante de drogas. Nesse contexto, Gershwin compôs canções que são constantemente regravadas, como “Summertime” (regravada e popularmente conhecida na voz de Janis Joplin), que na peça aparece como canção de ninar que uma personagem canta para seu filho no início da primeira cena.

As músicas praticamente seguem a ordem original da ópera, dando a impressão de que Ella e Louis são de fato todas as personagens de Porgy & Bess, ou melhor, que só há na peça o casal encarnado pelos cantores (como na décima segunda faixa, que mais parece um excerto musicado de encenações). Embora o disco tenha uma estrutura que sugira ser escutado de uma vez e na sequência correta das faixas (por se tratar de um álbum conceitual), músicas como “It Ain’t Necessarily So” e “I Got Plenty O’Nuttin”, por exemplo, se desprendem do caráter de trilha sonora do disco, enquanto “Buzzard Song”, por sua vez, é bastante teatral. E para compor as canções, além de resvalar no jazz e na música africana, há hipóteses de Gershwin ter utilizado elementos de preces judaicas nas melodias.

Por fim, o disco tem todo um clima especial; melancólico, elegante, nostálgico; particularmente falando, creio ser um dos primeiros discos de iniciação ao jazz que qualquer ser humano com o mínimo de bom senso deva ouvir.

Altamente recomendável!


Vídeo:




Download:


Porgy & Bess Download; Clique Aqui!


Referências Bibliográficas:


Ejazz




ENJOY!

Nenhum comentário:

Postar um comentário