sábado, 19 de novembro de 2011

In a Glass House - Gentle Giant



In a Glass House - Gentle Giant


Track List: 

1. The runaway - 7:24
2. An inmates Lullaby - 4:39
3. Way of life - 8:01
4. Experience - 7:49
5. A reunion - 2:10
6. In a glass house - 8:04


Músicos:

Gary Green - Violões acústicos de 6 e 12 cordas, guitarras acústicas e elétricas, mandolins, percussão e backing vocals; 
Kerry Minnear - Teclados, pianos elétricos, percussão melodica e vocais principais; 
John Weathers - Bateriaa, percussão e backing vocals; 
Derek Shulman - Saxofones, flautas, percussão e vocais principais; 
Ray Shulman - Contrabaixo, violões acústicos, violinos, percussão e backing vocals.


Gentle Giant: 

Gentle Giant foi uma das grandes bandas de rock progressivo da década de 1970; é uma das "lendas", por assim dizer, criadas por esse estilo, posto que existem hoje legiões de fãs da banda espalhadas pelo mundo. A banda foi formada pelos três irmãos Shulman (Phil, Derek e Ray) todos ex-integrantes da banda britânica de pop e soul "Simon Dupree and the Big Sound", sendo esta formada em 1966. No início, tocaram por toda a Inglaterra durante quatro anos, sendo bem recebidos pelas rádios e televisão locais.

Lançaram um álbum com um compacto no top 5 da parada britânica, mas sem deixar uma impressão indelével na cena musical britânica. Pelo final de 1969, os Shulmans terminaram a Simon Dupree e lançaram seus olhares sobre o crescente fascínio do meio musical por uma música mais criativa e inteligente que viria a ser chamada de rock progressivo. No DVD Giant on the Box o grupo tem o seu estilo definido como Baroque & Roll.

No início de 1970, eles formaram o Gentle Giant, junto com Martin Smith, Kerry Minnear e Gary Green. O novo grupo começou a fazer um som mais aventureiro, desafiante e distinto de tudo o que se conhecia em termos de música. Compara-se a inovação que os Beatles representaram para o rock em seu tempo com a do Gentle Giant para o rock progressivo.

Tinham como influências musicais o rock, o jazz, a música clássica, o avant-garde, o blues e a música medieval inglesa. Uma outra característica da banda eram os vocais múltiplos e sincronizados, pouco comuns na sua época.

Outrossim, inspirados por antigos filósofos, eventos pessoais e os trabalhos de François Rabelais, a proposta da banda era "expandir as fronteiras da música popular contemporânea, com o risco de se tornar muito impopular."


O disco:

Estimados amigos e entusiastas, assim como eu, da boa música inteligente; primeiramente, gostaria de desejar-lhes, um excelente natal e, caso eu não escreva no final de semana que vem, um excepcional ano novo! E que a música inteligente continue a se expandir em nossas mentes e corações!

A banda e o disco escolhidos hoje são, novamente, de minha maior preferência; A banda é Gentle Giant e o disco, sua obra prima na minha opinião, In a Glass House! 

Apesar de fugir das fórmulas "convencionais", por assim dizer, da música e rock progressivos, o Gentle Giant é, até os dias de hoje, considerada uma das maiores e melhores bandas do estilo de todos os tempos. Primeiramente, cumpre esclarecer, que muitas pessoas, em especial as que enxergam a música progressiva sob um "pré-conceito", fazem costumeira ligação do estilo com músicas longas, suítes épicas intermináveis e afins; tal ótica porém, estudando o conceito histórico progressivo, não poderia estar mais equivocada. Ocorre simplesmente que, as bandas de maior sucesso popular no estilo, trabalharam na década de 70 com tais fórmulas supra mencionadas; mas tal ligação não é regra para a composição da música progressiva; sob este ponto de vista, o Gentle Giant, sem dúvida, é prova viva disto. 

A música e o rock progressivo são, em essência, influencias diretas da música clássica, do fusion, da música psicodélica e da música folk unidas, é claro, ao rock and roll. Por este motivo, é claro, que os adeptos mais extremistas ao rock and roll são radicalmente contra a ideia progressiva no mesmo; pois, para estes, o clássico e o popular não se misturam. Historicamente, o rock representa, filosoficamente, uma libertação, a quebra de um paradigma, e, por isto, o mesmo soa selvagem, livre e até agressivo. Já os adeptos da música progressiva, assim como eu, creem que tal junção representa uma evolução musical natural, e, acima de tudo, absolutamente prazerosa de se ouvir. 

É claro que o estilo traz músicas muitíssimo mais "cabeça" e complicadas que, por muitas vezes, se distanciam da essência e filosofia clássicas do rock and roll; mas, se abrirmos nossas mentes para a qualidade musical apresentadas, sem dúvida, podemos nos surpreender. 

E o Gentle Giant, caros amigos, talvez até muito mais do que as bandas tradicionais e mais famosas do rock progressivo setentista, é a personificação exata do que é a música e o rock progressivo; sob fortíssima influências clássicas, jazzistas e medievais, é, sem dúvida, uma das maiores (se não a maior) bandas já surgidas na história da música popular no século XX por, pura e simplesmente, atingir um corpo artístico e musical tão cheios de personalidade que impressionam até os ouvidos mais exigentes existentes. 

Retrato hoje, como já supra descrito, sua maior obra prima na minha opinião: O sensacional In a Glass House, o qual considero, sem dúvidas, um dos maiores discos já compostos na história da música popular no século XX. 

Por contexto histórico, cumpre esclarecer que 1973 foi um ano de vários acontecimentos para o "Gentle Giant". Um deles foi a realização do álbum "Octopus" com a entrada do baterista John Weathers (que tocou em bandas chamadas "The Eyes of Blue", "Buzzy Linhart", "Ancient Grease" e outras não muito conhecidas ao meio do gênero de rock progressivo) definitivamente no grupo até o fim das atividades da banda em 1980 por Malcolm Mortimore (ele precisou ser substituído em "Octopus" por Weathers porque sofreu um sérissimo acidente de motocicleta impedindo-o de se apresentar).
Lançado em setembro do mesmo ano, "In a glass house", que resultou num único compacto, é marcante também pela primeira vez a presença do público, um aspecto mais animador com telas gigantescas visuais atrás dos palcos. Detalhe interessante: Uma idéia que o Gentle Giant pensou para se aproximar dos espectadores em suas apresentações ao vivo era tornar algo semelhante ao que o "Genesis" (fase de Peter Gabriel) em suas encenações teatrais musicais; A idéia era ter Weathers fantasiado sob a forma de um "Gigante Gentil" andando no palco no meio de várias casinhas de boneca em meio de fumaças artificiais; mas, infelizmente, a idéia foi abortada e nunca posteriormente utilizada. 

Ademais, sem muito esforço o Gentle Giant demonstra neste trabalho um tanto mais de rock do que nos outros já gravados; ainda assim, a marca da sonoridade medieval ainda se mantém vivíssima no álbum e parece que está um tanto "funk-medieval" feito também de uma forma estruturalmente complexa, mas evitando ideais de artistas virtuosos na forma de ajuntar justamente esta presença mais significante de rock que possui o trabalho com a arte contemporânea de artistas clássicos da época moderna como Igor Stravinsky e Bella Bartok. E o que dizer dos múicos em IAGH? Kerry Minnear em todo o momento do trabalho está tanto delicado como também ágil nos teclados; Derek Shulman se divide nos vocais entre o leve e o pesado de forma brilhante; Ray Shulman prenche linhas de contrabaixo sendo tocadas de forma, no mpinimo, muito inteligente; Gary Green se mantém tão discreto em seus instrumentos de cordas que é impossível deixar de prestar atenção neste; e  finalmente John Weathers acompanhando o restante dos companheiros numa forma de ritmo muito arrojada e única.

Não existem dúvidas de que o Gentle Giant era um conjunto de músicos extremamente talentosos e criativos além do que também eram multi-instrumentistas; e, pelo visto, em "In a glass house" eles estão em seu ápice mesmo com os problemas decorrentes do ano, e se divertem com a música deste trabalho que foi editado tomado pelo toque dos efeitos sonoros que possui visto que para eles também se tornou um album muito importante em suas carreiras. Falando inclusive de efeitos sonoros, o "Pink Floyd" também naquele ano de 1973, havia gravado um album muito conceitual e um dos mais vendidos no mundo do rock; nada menos do que "The Dark Side of the Moon" onde tais efeitos estão sendo muito explorados junto com a música.e Voltando ao IAGH, as letras parecem ser inteligentes e reflexivas e todos os membros tem a sua oportunidade de se apresentar nos momentos solos, sem ideologia alguma creditado para um mesmo músico. Com melodias que se dividem de maneiras um tanto agitadas e suaves o album inteiro está perfeito longe de defeitos na sonoridade consagrando-os mesmo como quinteto e no fim de 1973 preparando-os para o que viria a seguir em seu próximo album "The power and the glory" (1974).

A produção foi feita pelo próprio Gentle Giant que está impressionantemente muito boa para um selo muito desconhecido no mercado e feito de maneira analógica, já que na época não tinha uma tecnologia convencional avançada para a confecção da gravação digital junto com o auxílio de Gary Martin que colaborou no "Yes" em "Fragile" (1971), um dos albums fundamentais do conjunto; o "Soft Machine", o baixista Hugh Hooper, músico inclusive do "Soft Machine" na época em que se encontrava na banda com o solo "1984" (1973), "Brian Auger's Oblivion", David Essex e outros.

A arte gráfica foi elaborada por Martyn Dean, parente de Roger Dean, que colaborou obviamente com o "Yes" e "Budgie" realizados por Roger, além de Keith Tippett Group, "Gun", "Atomic Rooster" e entre outros. Vale uma ressalva a respeito da capa elaborada de forma tridimensional que originalmente no vinil vinha num papel celofane com impressões dos músicos e a capa original que vinha também com impressões dos músicos e desenhados de maneira diferente. A medida que fosse ajuntado o celofane com a capa do vinil ficava mais preenchida a gravura como se houvessem mais de 5 músicos no conjunto, portanto, um achado caso alguem encontre este vinil. A mesma maneira ocorreu para o CD lançado em 1.992, só que o grave é que o proprietário do disquinho deve ter cuidado enorme pois uma parte destas imagens vem impressas na proteção acrílica fronta da qual se abre o CD e se quebrar perde-se a graça do encarte. A vantagem que o CD possui é que vem duas faixas a mais de bonus.

Por fim, o disco fora inspirado no filme "The Glass House", de 1972, baseado numa estória de Truman Capote a respeito sobre as horríveis condições dentro de uma prisão de segurança máxima; sem dúvidas, uma grande reflexão musical e um deleite para os ouvidos!

Como destaques musicais individuais, gostaria primeiro de falar sobre "The Runaway", a faixa que abre o disco, com quase 7:30 de duração, que logo de cara já traz uma curiosidade interessante aos seus adeptos; devido ao selo utilizado para a gravação do disco ser precário (como já supra mencionado), o estúdio utilizado para as gravações do disco era, por conscequência, também muito precário; tanto é que, a faixa que abre o álbum ("The Runaway") fora, em seus primeiros segundos, mixadas sobre o barulho de coisas e vidros se quebrando; o que da um sentindo ambíguo de interpretação, pois alguns dizem que a idéia teria surgido pois o estúdio de gravação estava realmente em um estado tão crítico que seus integrantes resolveram satirizar tal precariedade homenageando ironicamente tal situação; já outros dizem que a mixagem inicial nada mais representa o tema glass house, já que vidro em inglês significa glass. Ademais, a abertura do disco é algo muito semelhante como em "Money" do "Pink Floyd" de "The Dark Side of the Moon", só que no caso a introdução é de uma máquina registradora que também se mantém alguns instantes, assim como "The runaway", sob a entrada de efeitos sonoros. Além disso a maneira como foi feita a inclusão dos efeitos sonoros e o modo de como entra a melodia da faixa repentinamente lembra também a faixa "The boys in the band" do "Octopus", album anterior da banda. Outro ponto de vista sobre a mixagem referente a quebra do vidro da qual apresenta sobre a forma do título do album dá a intenção de advertir que quem possui telhado de vidro não deve atirar pedra no vizinho, ou seja, a pessoa ser o que é e não cuidar da vida dos outros. Era uma primeira faixas que foram incluidas no set-list do GG, incluindo a introdução da quebra do vidro que quando a banda iniciava a entrada repentina da melodia um clarão de luzes se colocavam acima do grupo e em algumas apresentações faziam um "medley" junto com a "Experience" tambem do "In a glass house" e nas apresentações ao vivo o vocal de Minnear não se apresenta na metade da música. Quando a quebradeira de vidros termina a melodia da faixa se inicia de uma maneira muito viva junto a um teclado que vai aumentando de volume e tendo Derek surgindo nos vocais que vai coordenando a faixa e sendo acompanhado relativamente em um curto instante apenas pela guitarra de Green e tendo o restante da banda junto nos dois refrões. Na primeira parte instrumental tem-se alguns solos de teclados e posteriormente o de uma flauta até que retorna a banda novamente cantando junto com Minnear junto com um violão acústico. Neste trecho inclusive tem uma pequena pegada de Buddy Rich que Weathers comentou numa entrevista que "copiou" o ritmo do artista. No próximo tema a banda fica numa forma melódica em estilo medieval, mas o grupo retorna novamente com a guitarra de Green solando seguido posteriormente através de um solo de xilofone. A faixa retorna ao refrão que se iniciou a melodia terminando por finalmente de uma forma bem sinistra do grupo. Aqui existe inclusive um erro fonográfico feito no CD e no final da faixa; os quase 10 segundos finais da faixa foram colocados na faixa posterior "Inmates Lullaby", ou seja "The runaway" "perdeu" quase 10 segundos. Observe que a faixa tem um ritmo em determinados momentos em meio funk. A faixa bonus que vem no CD remasterizado mais recente possui uma versão ao vivo desta faixa acrescido da "Experience", música deste mesmo album numa apresentação de setembro de 1.976. Possui uma versão ao vivo nos albums "King Biscuit Flower hour" (1.998) e em "Totally out of the woods - The BBC sessions" (2.000). O mesmo "medley" com a "Experience" está também apresentado no primeiro album conceitual e um dos favoritos dos fãs do GG em "Playing the fool- Live" (1.977).

Outra música que merece destaque á a ótima "An Inmates Lullaby" - muitos fãs do Gentle Giant não gostam desta faixa, talvez por ela ser melosa até ao extremo, mas tem um detalhe muito interessante que possivelmente pouca gente sabe e daria até mais valor para esta: todos os instrumentos tocados são de percussão desde o início ao fim da faixa. Poucos grupos de rock progressivo exploram instrumentos de percussão melodiosa como o xilofone, marimbas e outros além dos vocais; uma banda que explorou muito estes tipos de instrumentos, embora não tem um carater canônico igual do GG foi a banda francesa "Gong", tanto na época com o fundador Daevid Allen (um exemplo em "Angels egg" (1.973)) e mesmo com sua ausência (um exemplo em "Gazeuze!" (1.976)), entretanto são evidentemente também com esquemas diferenciados. É uma composição muito excêntrica que possivelmente o GG já gravou na carreira sob a idéia da forma em meio de uma canção de ninar que criou um ambiente muito misteriosos; vide os vocais de Derek. As letras refere-se sobre alguém que é insano criminalmente. Não esqueça que se o ouvinte possuir em CD os quase 10 primeiros segundos não são pertencentes da faixa e sim da anterior "The runaway". Saiu inclusive em compacto.

Por fim, destaco a faixa que encerra o álbum, a excepcional "In a glass house" que é a maior faixa do álbum, também com pouco mais de 8 minutos de duração, mas na verdade ela termina até antes porque os 20 últimos segundos é um retrospecto muito rápido de um minúsculo trecho de cada faixa executada pelo "GG" neste álbum sendo a ordem da seguinte maneira das faixas: "The runaway", "Way of life", "Experience", "In a glass house", "An inmates Lullaby", "A reunion", isso sem contar que a abertura tem a quebra de vidros como também no seu final. A faixa possui múltiplas sessões de vários temas, além de que parece que a banda toca todos os instrumentos que possuem, uma "guerra" de instrumentos (mandolins, violões, saxofones, trompetes, piano elétrico, marimbas, xilofones e etc.), mas de uma maneira muitíssimo comportada e a banda pelo visto aproveitou como pode durante estes 8 minuntos que contém a faixa evitando desperdícios fazendo mais uma fez rock, folk (medieval), funk, etc. Saiu em versão em compacto junto com "An inmates Lullaby". Foi também uma faixa que incluia no set-list do conjunto durante a promoção do album e geralmente com Gary Green solando um tanto mais na guitarra conduzindo a música. Esta faixa tem uma outra no CD remasterizado mais recente de uma versão ao vivo de 1974.

ALTAMENTE RECOMENDÁVEL! 


Vídeo:




Ouça:



Referências Bibliográficas:



ENJOY! 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Selling England By The Pound - Genesis


Selling England by the Pound - Genesis


Track List: 

1. "Dancing with the Moonlit Knight" – 8:02
2. "I Know What I Like (In Your Wardrobe)" – 4:07
3. "Firth of Fifth" – 9:35
4. "More Fool Me" – 3:10
5. "The Battle of Epping Forest" – 11:49
6. "After the Ordeal" – 4:13
7. "The Cinema Show" – 11:06
8. "Aisle of Plenty" – 1:32


Músicos:

Peter Gabriel – Vocal, flauta, percussão e oboé
Steve Hackett – Guitarra
Tony Banks – Órgão, guitarra, piano e teclado
Mike Rutherford – Contrabaixo, guitarra e cítara
Phil Collins – Bateria, percussão e backing vocals


Genesis: 


Era Peter Gabriel

Os Genesis gravaram o seu primeiro álbum From Genesis to Revelation em 1968 depois de fazerem um acordo com Jonathan King, um compositor e produtor que teve um single de êxito na altura chamado "Everyone's gone to the moon". A banda gravou uma série de músicas reflectindo o estilo pop leve dos Bee Gees, de quem King era grande admirador, tendo King juntado estas músicas num pseudo álbum conceptual juntando-lhe arranjos de cordas. O álbum foi um terrível fracasso e a banda sentindo-se manipulada por King disse-lhe que se tinham separado, de modo a conseguirem quebrar o contracto que tinham com ele. Até hoje King é abominado pela banda e seus fãs, por dizer que foi ele quem deu nome ao grupo e por ter sempre tentado ganhar os direitos do primeiro álbum para regravação.

A marcha dos Genesis continuou, tocando onde conseguiam. Acabaram por fazer outro contrato com a Charisma Records. Devido às actuações ao vivo a banda começou a ser conhecida por melodias hipnóticas, que eram muitas vezes também, escuras, assombradas e com uma sonoridade medieval, Anthony Philips deixou a banda em 1970 a seguir ao lançamento de Trespass devido a discordâncias quanto ao rumo que a banda estava a seguir e a episódios de medo do palco. A partida de Phillips foi bastante traumática para Banks e Rutherford que devido a Phillips ser um membro fundador, tinham dúvidas sobre se deveriam ou não continuar sem ele. Eventualmente os restantes membros reuniram-se renovando o compromisso com os Genesis e afastando John Mayhew no acordo. Steve Hackett e Phil Collins juntaram-se ao grupo após terem respondido a anúncios no Melody Maker e realizado audições com sucesso. Em 1971 editam Nursery Cryme.

Em 1972 é editado o álbum Foxtrot que continha a faixa de 23 minutos “Supper’s ready” e “Watcher of the skies” inspirado em Arthur C. Clarke; a reputação dos Genesis como compositores e intérpretes sai solidificada. A presença em palco extravagante e teatral de Peter Gabriel que envolvia numerosas mudanças de vestuário e histórias surreais contadas como introdução para cada música, fizeram da banda uma das mais faladas no princípio dos anos 1970, principalmente no que dizia respeito a espectáculos ao vivo. Selling England by the Pound, editado em 1973, é aplaudido tanto pela crítica como pelos fãs por quem é normalmente considerado como o seu melhor trabalho. Clássicos como “Firth of Fifth” e “Cinema Show” seriam peças fundamentais nos concertos da banda durante muitos anos. A banda depressa se aventurou num projecto muito mais ambicioso, o álbum conceptual The Lamb Lies Down on Broadway, que foi editado em Novembro de 1974.


Era Phil Collins

Peter Gabriel deixou a banda em 1975 a seguir à digressão de divulgação de The Lamb Lies Down in Broadway por se sentir cada vez mais separado da banda, tendo o seu casamento e o nascimento do primeiro filho ajudado a aumentar essa tensão pessoal. Os outros membros do grupo escreveram praticamente todas as músicas do álbum, tendo Gabriel limitado-se a escrever a história e as letras sozinho. O primeiro álbum solo de Gabriel, Peter Gabriel I de 1977 continha “Solsbury hill”, uma alegoria à sua saída dos Genesis.

Após considerarem vários substitutos para Gabriel, decidiram que Phil Collins iria substituí-lo, mudando assim a forma da banda de um quinteto para um quarteto. Para surpresa de muita gente, Collins provou ser o vocalista ideal para a banda, já que havia quem achasse que a banda cairia na miséria sem Peter Gabriel. A Trick of the Tail e Wind and Wuthering, editados com um ano de intervalo um do outro, foram bem recebidos na generalidade, demonstrando que os Genesis afinal eram mais do que uma banda de suporte do seu ex-líder. Bill Bruford, acabado de sair dos King Crimson, juntou-se ao grupo na digressão de 1976 como baterista e mais tarde, Chester Thompson (veterano dos Weather Report e de Frank Zappa) tomaria conta da bateria nos concertos, deixando Collins livre para o vocal.

Em 1977 Steve Hackett deixou o grupo. Para o seu lugar foi chamado Daryl Stuermer. A saída de Hackett reflectiu no título do álbum seguinte And Then There Were Three, pois o grupo passara a ser um trio. Este álbum iniciou também outra grande alteração, com a banda a afastar-se das músicas longas e a entrar no formato mais curto e amigável para as rádios; este álbum conseguiu o primeiro single de êxito nos Estados Unidos com "Follow you follow me". Seguiu-se Duke que atingiu a platina e que trouxe mais dois grandes êxitos para a banda, "Turn it on again" e "Misunderstanding". O êxito dos Genesis pelos anos 1980 estava assegurado, embora muitos fãs da era Gabriel se sentissem alienados. Cada álbum tornava-se mais e mais comercial e as audiências aumentavam na mesma proporção.

Dois anos depois de lançar Abacab, em 1981, o álbum Genesis ainda trazia algumas composições próximas no progressivo como "Mama" e "Home by the Sea", esta conhecida pelas duas versões, uma delas totalmente instrumental. Em 1986 é lançado Invisible Touch, de longe o maior sucesso de vendas do público, com mais de 20 milhões de cópias vendidas. Hits como "Invisible Touch", "Tonight Tonight Tonight", a romântica "In too Deep" e "Throwing It All Away" pegam de assalto as paradas de sucessos de todo o mundo, além do bem-sucedido videoclipe de "Land of Confusion" na MTV. Nos fins dos anos 1980 e princípios de 1990, a banda tocava regularmente em grandes estádios por todo o mundo e em Julho de 1987, tornaram-se mesmo os primeiros a tocar quatro noites seguidas no estádio de Wembley.

Os concertos da banda aumentaram consideravelmente devido à sua aderência à tecnologia de ponta. Os Genesis foram a primeira banda a usar "Vari*Lites", ecrãs gigantescos e o sistema de som "Prism", todos eles agora, objectos normais em qualquer grande espectáculo.


O disco: 

Olá meus caros amigos leitores e fãs da música inteligente!

Finalmente, após algum tempo admito, consigo postar semanalmente consecutivamente no meu Planeta favorito! 

E hoje escolhi outra de minhas bandas favoritas para homenagear, e através desta voltamos a retratar o estilo musical que me fizera fã de toda a música inteligente que ouço nos dias de hoje; falo, é claro, do rock (ou música, como costumo retratar) progressivo (progressiva) e da banda Genesis

Como vimos acima na ficha de breve relato (biografia resumida) da banda, o Genesis é considerada uma das maiores bandas de todos os tempos; e eu, por minha vez, assino em baixo. Não só pelos músicos excepcionais que passaram pela banda (Tony Banks, Chester Thompson, Bill Bruford, Steve Hackett entre outros) ou por seus dois principais líderes que tornaram-se estrelas mundiais, sendo estes Peter Gabriel e Phil Collins, mas o Genesis se tornara uma das maiores bandas de todos os tempos pois, aliado aos fatos acima, na qualidade de artistas, a banda atingira um ápice criativo como poucos conquistaram. 

A escolha do homenageado Selling England by the Pound não é por acaso; é claro que eu poderia ter escolhido outros álbuns, tais como o Nusery Cryme, o Foxtrot ou o The Lamb Lies Down on Broadway que são, na opinião da crítica especializada, tão bons ou até melhores do que o "SEBTP"; mas na minha opinião, nenhum dos supra citados possuí a beleza que encontramos no mesmo; Além de inteligente, marcante e muitíssimo bem feito, a beleza de Selling England by the Pound é notável e seu ponto forte.

Primeiramente, faz-se necessário destacar que Selling England by the Pound fora o maior sucesso comercial da banda na era Peter Gabriel; o Genesis vivia, caros amigos, sua melhor fase em toda a história da banda, na minha opinião. Fora o melhor time montado, os integrantes estavam em seu ápice técnico instrumental e criativo intelectual e esbanjavam bom gosto em suas composições.; não a toa, o álbum consagrou de vez o Genesis como uma das maiores e melhores bandas de rock progressivo de todos os tempos. 

Meus destaques musicais são três, sendo o primeiro para a música "I Know What I Like", que se tornara o grande hit do disco e conscequentemente da banda, sendo tocada até as últimas apresentações desta no comando de Phil Collins no chamado "Old Medley", que trazia, como o próprio nome sugere, as músicas mais antigas (e melhores, na minha opinião) da mesma. Com um belíssimo arranjo, um refrão contagiante e uma levada prazerosa, a música "I Know What i Like" é um dos principais destaques do disco. 

O segundo destaque musical do disco que gostaria de enaltecer, por sua vez, é a música "The Cinema Show", outro dos pontos altos criativos do disco. Esta música sintetiza um pouco de todo o melhor que há no Genesis para se apreciar; um instrumental refinado comandado pela melódica flauta de Peter Gabriel; um belíssimo solo de teclado por parte de Tony Banks; uma bateria pulsante e marcante por parte de Phil Collins (e aqui, vai um desabafo: Que IMENSAS saudades deste Phil Collins, barbudo e cabeludo do Genesis; este dos últimos anos,em carreira solo, careca pela saco, nem se compara ao Collins dos velhos tempos!); complexas variações rítmicas (como peculiar e habitual em se tratando de música progressiva), enfim; uma belíssima composição! 

Por fim, meu terceiro e por ora último destaque musical vai para a incomparável "Firth of Fifth" e seus inigualáveis 9 minutos e 35 segundos. Mais uma vez, na minha modesta opinião, "Firth of Fifth" é simplesmente a melhor música de toda a carreira do Genesis. A maioria dos fãs e a crítica especializada apontam como a melhor música da carreira da banda a grandiosa "Supper´s Ready" e a emblemática "The Musical Box", que também são duas das minhas canções favoritas da banda. Porém creio que nenhuma das duas se compara com "Firth of Fifth", um marco tanto na história da banda quanto, confesso, em minha vida; tal música entra, sem sombra de dúvidas, em meu top 10 de músicas favoritas de todos os tempos e seu solo de guitarra, a cargo de Steve Hackett, entra também, seguramente, em meu top 5 de solos de guitarra favoritos na história do rock (junto com Bohemian Rhapsody por Brian May, o segundo solo de Dreams por Eddie Van Halen, The Wall e Confortably Numb, ambos por David Gilmour). A obra prima começa com uma parte agitadíssima e incomparavelmente bela de piano onde Banks mostra toda sua influência na música erudita, há uma calmaria trazida através da voz de Gabriel; em seguida, Peter novamente nos traz uma variação através de suas melodias lindíssimas com sua flauta; há novamente uma variação rítmica onde novamente Banks toca sua introdução no piano, mas desta vez no teclado e com toda a banda tocando, em boa parte do tempo em forma de convenção; e, logo em seguida, vem o que, na minha opinião, o ponto alto da música; uma das melhores performances de Hackett como guitarrista em um lindíssimo solo de guitarra e Collins como baterista, mostrando que o mesmo fora, de fato, um ótimo instrumentista; enfim, "Firth of Fifth" torna-se incomparável; Audição obrigatória a todo fã, assim como eu, do rock progressivo e da música inteligente! 

Enfim, o Genesis fora e sempre será uma das maiores e melhores bandas de rock, música progressiva e música inteligente de todos os tempos; revelara grandes músicos, um grande gênio compositor e uma grande estrela da música internacional e nos deixou um legado, principalmente na criativa década de 70, que provou-se atemporal, único e especial; EU RECOMENDO! 


Vídeo:




Ouça: 


Referências Bibliográficas:




ENJOY!

domingo, 13 de novembro de 2011

Freak Out! - Frank Zappa (and Mothers of Invention)



Freak Out! - FRANK ZAPPA and the Mothers of Invention


Track List: 


Disco 1: 


1. Hungry Freaks, Daddy? – 3’27
2. I Ain’t Got No Heart – 2’30
3. Who Are The Brain Police? – 3’22
4. Go Cry On Somebody Else’s Shoulder – 3’31
5. Motherly Love – 2’45
6. How Could I Be Such A Fool – 2’12
7. Wowie Zowie – 2’45
8. You Didn’t Try To Call Me – 3’17
9. Any Way The Wind Blows – 2’52
10. I’m Not Satisfied – 2’37
11. You’re Probably Wondering Why I’m Here – 3’37

Disco 2: 


1. Trouble Every Day – 6’16
2. Help I’m A Rock (Suite In Three Movements) – 8’37
- 1st Movement: Okay To Tap Dance
- 2nd Movement: In Memoriam, Edgar Varese’
- 3rd Movement: It Can’t Happen Here
3. The Return Of The Son Of Monster Magnet – 12’17
- Ritual Dance Of The Child-Killers
- Nullis Pretii (No Commercial Potential)


Músicos: 


Frank Zappa -Voz, guitarra e percussão;
Plas Johnson – Saxofone;
Jimmy Carl Black – Bateria e percussão;
Ray Collins – Guitarra, percussão, efeitos e vocais;
Gene Estes – Percussão;
Roy Estrada – Contrabaixo, guitarra e vocais;
Elliot Ingber – Guitarra;
Carol Kaye – Contrabaixo;
Ruth Komanofff – Percussão.


Músicos de Apoio:


Gene Estes - percussão
Eugene Di Novi - piano
Neil Le Vang - guitarra
John Rotella - clarinete, saxofone
Kurt Reher - violoncelo
Raymond Kelley - violoncelo
Paul Bergstrom - violoncelo
Emmet Sargeant - violoncelo
Joseph Saxon - violoncelo
Edwin V. Beach - violoncelo
Arthur Maebe - trompa, tuba
George Price - trompa
John Johnson - tuba
Carol Kaye - guitarra de 12 cordas
Virgil Evans - trompete
David Wells - trombone
Kenneth Watson - percussão
Plas Johnson - saxofone, flauta
Roy Caton
Carl Franzoni - vozes
Vito - vozes
Kim Fowley
Benjamin Barrett
David Anderle
Motorhead Sherwood - ruídos
Mac Rebennack (Dr John) - piano
Paul Butterfield
Les McCann - piano
Jeannie Vassoir - Suzy Creamcheese



Frank Zappa: 


Frank Vincent Zappa (21 de Dezembro de 1940, Baltimore — 4 de Dezembro de 1993, Laurel Canyon, Los Angeles) foi um compositor, guitarrista, produtor de gravação e diretor de cinema.

Em uma carreira de mais de trinta anos, a sua obra musical estendeu-se pelo rock, fusion, jazz, música eletrônica e música clássica. Zappa também dirigiu longas-metragens e videoclipes e desenhou capas de álbuns seus.

Frank produziu quase todos os seus 60 álbuns que lançou com a banda Mothers of Invention, grupo que o acompanhou por boa parte da carreira e teve sua formação mudada muitas vezes, e como artista solo.

Na adolescência, ele adquiriu um gosto por compositores de música de vanguarda baseada na percussão, como Edgard Varèse, e também pelo rhythm and blues dos anos 1950. Zappa começou a escrever música clássica no ensino médio, à mesma época em que tocava bateria em bandas de rhythm and blues - ele fez a troca para a guitarra posteriormente.

Compositor e performista da sua própria música, com influências diversas, o seu trabalho é praticamente impossível de ser categorizado. O seu álbum de estreia com o Mothers of Invention, Freak Out!, combinava canções no formato convencional do rock and roll com improvisações coletivas e colagens de som realizadas em estúdio. Os seus últimos álbuns também continham essa abordagem eclética e experimental, independentemente de o formato fundamental ser rock, jazz ou de música clássica.

Ele escreveu as letras de todas as suas canções, as quais - frequentemente humoristicamente - refletiam a sua visão iconoclástica dos processos sociais e políticos, estruturas e movimentos estabelecidos; Era um grande crítico do método de educação e da religiões, e um forte defensor da liberdade de expressão, da autodidática e da abolição da censura.

Zappa foi um artista altamente produtivo e prolífico e ganhou aclamação da crítica. Muitos de seus álbuns são considerados essenciais na história do rock do jazz. Ele é considerado um dos guitarristas mais originais de seu tempo. Ele também continua sendo uma grande influência para músicos e compositores. Alcançou algum sucesso musical, particularmente na Europa, e pela maior parte de sua carreira trabalhou como artista independente.

Postumamente, Zappa foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, em 1995, e ganhou um prêmio Grammy, em 1997.

Frank Zappa faleceu, em decorrência de um câncer de próstata, em 1993.


O disco:


Caríssimos leitores,

Boa tarde! Há quanto não posto nada por aqui, não é mesmo? Pois é! Vide arquivo do blog, meu último post por aqui fora no mês de julho deste ano! Ou seja, há aproximadamente quatro meses atrás.

Mas o importante é que hoje, após tanto tempo, consegui retomar a uma de minhas práticas favoritas: ESCREVER SOBRE MÚSICA.

E o homenageado de hoje é o álbum de estréia de um gênio com sua principal banda; o disco é Freak Out! e a banda é de Frank Zappa em sua primeira formação, o The Mothers of Invention! 


Frank Zappa fora, sem dúvida, fora um dos maiores gênios da história da música no século XX. Um vanguardista, sem sombra de dúvidas. Quanto a questão musical fora arranjador, orquestrador, compositor e multi-instrumentista. Soma-se a isto ao fato de que o mesmo flertara, como supra descrito em sua biografia resumida, com vários e diferentes estilos musicais, obtendo sucesso e bons resultados em todas as suas investidas; e isto, caros amigos, é para pouquíssimos. Ainda, Zappa fora um dos maiores críticos e humoristas letristas de todos os tempos na história da música; suas letras são recheadas de ironias, humor e críticas à cultura política e social norte-americanas. Por fim, Frank Zappa é autor de quase 100 discos em sua vasta carreira musical; tanta inspiração, convenhamos, é de fato digna de um gênio!

E minha escolha musical para dissertação deixa todos os fatos supra evidenciados; Freak Out!, o disco de estréia de uma brilhante carreira, já nasceu maduro e, na minha modesta opinião, um dos melhores de toda sua discofrafia.

Historicamente, o álbum já traz suas peculiaridades, como por exemplo, ser um dos primeiros álbuns duplos da história em que se tem conhecimento; na realidade, o segundo álbum duplo, ficando atrás apenas de "Blonde on Blonde" de Bob Dylan, que fora lançado no mesmo ano de Freak Out!, em 1966. Outrossim, o disco é considerado o primeiro projeto conceitual da história da música popular contemporânea, inspirando posteriormente toda uma década e geração de artistas que aproveitaram tal idéia, artistas estes como por exemplo The Beatles em "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", Brian Wilson e os Beach Boys em "Pet Sounds", Pink Floyd em "The Dark Side of the Moon" e "The Wall", Jethro Tull em "Aqualung" e inúmeros outros que trabalham a música inteligente. E já que o parágrafo dissertativo retrata o contexto histórico vanguardista de Zappa, este grandioso artista deixara sua marca também na história do áudio, realizando a primeira gravação em 6 canais independentes da história em seu sétimo disco da carreira, o antológico "Hot Rats"; até então, a maioria das gravações era realizada em no máximo 4 canais independentes.

Em outras opiniões musicais de meu blog já trouxe a definição e parte da história que se refere a discos conceituais, mas caso queira relembrar do que se tratam os mesmos, leia aqui.

Musicalmente, Freak Out! é também muitíssimo bom e único; com ênfase em toda a psicodelia peculiar da segunda metade dos anos sessenta aliado aos elementos musicais marcantes em toda a carreira do artista, Zappa e sua banda, a The Mothers of Invention, estrearam em grande estilo, sem dúvidas. Há belíssimas orquestrações, utilizações de metais, excelentes riffs de guitarra, linhas de baixo e afins. Estes dois primeiros em especial são, sem dúvida, um espetáculo a parte! Meu destaque musical individual, se é que é possível fazê-lo em se tratando de um disco conceitual de Frank Zappa, vai para a música Trouble Every Day, um blues prazerosíssimo de se ouvir!

Suas letras, como não poderia deixar de ser, são absolutamente irônicas e carregadas de críticas a sociedade norte-americana, onde Zappa denigre os valores políticos de seu País e também arrebenta com a contra-cultura da época.

Outra coisa interessante é a nota de Suzy Creamcheese, personagem esta que apareceria posteriormente em vários outros discos de Zappa, na contra-capa do disco, em que a mesma diz o seguinte:  


"Estes Mothers são loucos. Dá pra ver pelas roupas deles. Um deles usa colar de missangas e todos fedem pra caramba. Nós íamos pegá-los para dançar depois de um jogo de basquete, mas a minha melhor amiga me avisou que nunca dá pra saber quantos deles vão aparecer... às vezes o cara de casaco de pele nem aparece e às vezes ele aparece com um bando de gente doida como ele e ficam dançando por toda parte. Ninguém da minha escola gosta desses Mothers... especialmente desde que minha professora contou pra gente o que as palavras nas canções querem dizer.
Sinceramente para sempre,
Suzy Creamcheese
Salt Lake City, Utah."

Por fim, caríssimos e estimados leitores, considero Freak Out! bem como toda a carreira de Frank Zappa absolutamente indispensável a qualquer amante de toda e qualquer música inteligente de boa qualidade; NÃO DEIXEM DE OUVIR!

Vídeo: 




Ouça: 


Freak Out! - GrooveShark




Referências Bibliográficas: 


ProgArchives;
ProgShine;
Wikipédia.




ENJOY!