sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Crash - Dave Matthews Band




Time Out - Dave Mathews Band


Track List:


1."So Much to Say" – 4:06
2."Two Step" – 6:27
3."Crash into Me" – 5:16
4."Too Much" – 4:22
5."#41" – 6:39
6."Say Goodbye" – 6:12
7."Drive In, Drive Out" – 5:55
8."Let You Down" – 4:07
9."Lie in Our Graves" – 5:42
10."Cry Freedom" – 5:54
11."Tripping Billies" – 5:00
12."Proudest Monkey" – 9:11


Músicos:


Carter Beauford — Bateria e Percussão
Stefan Lessard — Contrabaixo
Dave Matthews — Violão e vocais
LeRoi Moore — Saxofone e Flauta
Boyd Tinsley — Violino

Músico convidado:

Tim Reynolds - Guitarra


Dave Matthews Band:


Dave Matthews Band, sometimes shortened to DMB, is an American jam band formed in Charlottesville, Virginia in 1991. Founding members were singer-songwriter and guitarist Dave Matthews, bassist Stefan Lessard, drummer/backing vocalist Carter Beauford and saxophonist LeRoi Moore.

Moore died suddenly in August 2008 due to complications from an ATV accident. Boyd Tinsley was added to the band as a violinist soon after the band was formed. Grammy Award-winner Jeff Coffin, of Béla Fleck and the Flecktones, has since filled Moore's spot as the band's saxophonist. Rashawn Ross and Tim Reynolds have also become full-time touring members of the band. With musicians who each have roots in differing genres, including jazz, classical, soul, rock, bluegrass, and hip-hop, the band has come together to create an eclectic sound which has earned them fans from a variety of quarters. As of 2010, Dave Matthews Band have approximate sales between 30 and 40 million copies worldwide.

The band is known for their annual summer-long tours of the US and Europe, featuring lengthy improvisational renditions of their songs, accompanied by an elaborate video and lighting show. This portion of the tour has become a stamp of DMB and has grown with the band since Fenton Williams began in the early 1990s.After twenty consecutive years of touring the band announced that it is going to take the summer of 2011 off.

The band's most recent album, Big Whiskey and the GrooGrux King (the first since Moore's death) debuted at number one on Billboard 200, giving the band their fifth consecutive number one debut, making them the second band behind Metallica to do so.

The band has won one Grammy Award, and was awarded the NAACP Chairman's Award. According to Julian Bond, "they sell out the largest arenas on Earth, but frequently give their music away."



Crash:


Caros amigos leitores,

Como vocês puderam reparar, já há duas semanas (mais especificamente há dois sábados) não publico meus textos sobre música inteligente em meu humilde e tão amado espaço; devido ao feriado prolongado municipal da cidade de São Paulo, por motivos de força maior e, fundamentalmente, por acreditar que também sou filho de Deus, excepcionalmente, não tive a oportunidade de atualizar o Planeta Música Inteligente. Sábado que vem e assim respectivamente, ao menos assim espero, tudo volta ao normal. Por ora, enfim, vamos em frente!

Após alguns posts seguidos tratando fundamentalmente de Jazz e Fusion, hoje, talvez, sairemos um pouco de tal contexto; a banda homenageada de hoje é a eclética Dave Mathews Band!
A título de curiosidade, atualmente, a Dave Matthews Band é uma de minhas cinco bandas favoritas; minha "fase" musical atual é constantemente preenchida com sua música. E "Crash", como não poderia deixar de ser, é meu álbum de estúdio favorito dos caras. Acreditem-me; em se tratando da Dave Mathews Band, é dificílimo escolher citar entre estúdio e ao vivo; suas execuções no palco são, assim como em estúdio, surreais. Outrora, talvez, eu escolha algum de seus trabalhos ao vivo para futuras citações; mas, por ora, vamos ao Crash!

O que mais me chama a atenção na Dave Matthews Band é seu ecletismo; é impressionante como seus músicos, vide suas origens, sabem trabalhar bem em diferentes linguagens e estilos musicais; é absolutamente notável a qualidade e sensibilidade da música negra (que sou grande fã e entusiasta) na banda; sua música é, além de muito bem trabalhada e executada, muito sensitiva. E no álbum inteiro tais peculiaridades são, absolutamente, notáveis.

Caros amigos leitores e apreciadores de boa música, vocês muito provavelmente concordarão comigo; um dos principais conceitos de música inteligente, na minha opinião, é o fato de não ser possível classificá-la. E esse é um dos princípios claros na música de Dave Matthews; jamais consegui rotulá-la, o que, particularmente falando, acho, entre outras coisas, bárbaro. Alguns elementos da banda são atípicos na música popular (porém no sentido comercial da mesma); só para citar o exemplo claro, há saxofonista e violinista na mesma.

De todos os conceitos presentes na sonoridade da banda, Crash é o álbum que, na minha opinião, sintetiza melhor sua essência musical. Há sensibilidade, há muita musicalidade, há técnica, há misturas de estilos musicais gerais, tais como funk, soul, reggae, rock e assim por diante; Só ouvindo para entender. Músicas como Crash Into Me, Drive In / Drive Out, Lie in Our Graves e assim por diante estão entre as melhores compostas em toda a carreira da banda; Crash, em suma, é constantemente classificado como melhor trabalho em estúdio da banda (e eu assino em baixo).

Meu destaque individual na banda e no disco vai para o grande baterista Carter Beauford; um dos melhores bateristas do mundo, sem dúvida. Extremamente técnico, Beauford é, na mesmíssima medida, extremamente musical. Seus domínios em polirritmia (independência motora) são, sem exagero, únicos; Mas o que consegue ser ainda mais notável é como o mesmo sabe arranjar sua percussão com a música de Dave Matthews; o entrosamento entre Beauford e o resto da banda é fantástico e quase telepático.

A credibilidade da banda de Dave Matthews é tanta que, em diversos trabalhos ao vivo, os músicos que fazem participações com os mesmos são do mais alto nível; como, constantemente, Victor Wooten (meu contrabaixista favorito).

Enfim, ao leitor apreciador da Boa Música Inteligente, considero Dave Matthes Band de fácil acesso, contendo tanto belíssimos exercícios auditivos quanto música para, simplesmente, admirar a textura sem se preocupar com a forma; em suma, altamente recomendável!


Vídeo:




Download:


Crash; Clique Aqui!


Referências Bibliográficas:


The Free Encyclopedia



BOA DIVERSÃO!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Time Out - Dave Brubeck Quartet, The



Time Out - Dave Brubeck Quartet, The


Track List:


Lado 1:

1." Blue Rondo à la Turk " – 6:44  
2."Strange Meadow Lark" – 7:22
3." Take Five " – 5:24

Lado 2:
 
4."Three to Get Ready" – 5:24 
5."Kathy's Waltz" – 4:48 
6."Everybody's Jumpin' " – 4:23 
7."Pick Up Sticks" – 4:16


Músicos:


Dave Brubeck - Piano
Paul Desmond - Saxofone Alto
Eugene Wright - Contrabaixo
Joe Morello - Bateria


Dave Brubeck Quartet:


O The Dave Brubeck Quartet foi um quarteto de jazz, formado em 1951, por Dave Brubeck.
Durante muito tempo, o quarteto tocou no clube Blackhawk, em São Francisco , tendo ganho grande popularidade em concertos dados em escolas. Gravaram diversos álbuns, dos quais se destacam Jazz at Oberlin, Jazz Goes to College e Jazz Goes to Junior College.

Em 1958, após diversos membros, o quarteto assumiria a sua formação clássica, com Dave Brubeck, Paul Desmond, Joe Morello e Eugene Wright.

Um dos pontos altos do grupo, foi o seu clássico álbum ao vivo, de 1963, At Carnegie Hall, descrito pelo crítico Richard Palmer como sem dúvida o melhor concerto de Dave Brubeck.
O Quarteto de Dave Brubeck acabou em 1967, embora se tenham reunido em 1976, por ocasião do seu 25º aniversário.


Time Out:


Caros amigos leitores!

Hoje, aqui no Planeta Música, seguiremos falando de jazz e dos grandes jazzistas de todos os tempos; conheçam mais um de meus discos favoritos: Time Out, do gênio Dave Brubeck e seu quarteto!

Dave Brubeck, sem sombra de dúvidas, entra no meu "Top 5" de jazzistas preferidos; ficando atrás, talvez e apenas de Chick Corea e John Coltrane (Miles Davis também; mas o admiro principalmente por outros aspectos do que como solista; ainda tratarei isso em meu blog posteriormente), enfim.

O que mais se destaca neste brilhante pianista é sua visão; o considero um músico / compositor muito a frente de seu tempo. O mesmo, ainda que formado na University of the Pacific, em Stockton na Califórnia, acreditem-me, não sabe ler nem escrever partitura. E não que eu creia que isso, de uma maneira geral, seja mérito; não. Um grande amigo meu e profundo conhecedor musical diz que o primeiro passo para se aprender música é se alfabetizar, ou seja, saber ler e escrever partitura; ainda usa como analogia que "um músico sem saber ler e escrever partitura é o mesmo que um professor de história não saber ler e escrever português" e, talvez não com o mesmo radicalismo, ainda assim concordo com ele. Mas, o que quero dizer é que, Brubeck é um grandioso gênio no que diz respeito a harmonia e contraponto, por exêmplo, tem grandes influências eruditas e, fundamentalmente, é um grande compositor; aparentemente, o mesmo encontra-se tão a frente de seu tempo que, no caso específico de Brubeck, não ser possuidor de grandes conhecimentos teóricos torna-se irrisório.

Em "Time Out" fica absolutamente clara a visão á frente, particular e peculiar de Brubeck e de seu quarteto como um todo; o disco, à sua época, é considerado inovador. Ainda que tenha sido duramente criticado no ano de sua estréia, em 1959, é hoje em dia considerado um dos maiores clássicos do jazz de todos os tempos; a maior prova disso é que pode-se achar (como eu já achei diversas vezes) o cd Time Out à venda em "baciões" de grandes e populares redes de supermercados; junto com, por exemplo (e espero que esta seja a última vez que "sujo" meu blog com esse tipo de "música" - risos) "Aviões do Forró"  e a preço de banana.

O disco é considerado inovador à sua época por ser um dos primeiros trabalhos populares a abordar uma métrica musical tão complexa e, tornando-me redundante, é óbvio, fundamentalmente diferente do que se ouvia na época. As fórmulas de compasso utilizadas em quase todas as músicas que constam no disco são bem distintas das usuais, sem dúvida. Constantemente são utilizados compassos compostos e compassos complexos, tais como o 5/4 em "Take Five" e o 9/8 em "Blue Rondo à la Turk" que, não por acaso, são minhas músicas favoritas do disco (e esta primeira, Take Five, uma de minhas favoritas de todos os tempos).

Outro ponto forte a se destacar em Time Out são suas convenções e variações de temas, especialmente esta última, também mais atípica à época. Dave Brubeck trata com uma sensibilidade as variações temáticas de suas composições que desconcertariam qualquer músico que não conhecesse sua linguagem musical; o que enaltece ainda mais as qualidades do quarteto, é impressionante a sintonia quase telepática entre brubeck e, especialmente, Paul Desmond e Joe Morello.

Meu destaque individual do disco, além de Brubeck, é claro, é Joe Morello; em se tratando de jazz clássico, é um de meus bateristas favoritos, sem sombra de dúvidas (ficando atrás apenas dos gênios Buddy Rich e Gene Krupa). Ao baterista que pretende estudar e entender a linguagem musical do jazz, Morello é fonte riquíssima de aprendizado.

Por fim, considero Time Out uma obra prima por se tratar de um disco absolutamente completo; Muito bem executado, musical ao extremo, prazeroso de se ouvir, inovador à época e, fundamentalmente, por se tratar de um ótimo exercício para os ouvidos. Aos leitores familiarizados ou não com o tradicional método de ensino rítmico e ditado musical "Pozzoli", uma excelente forma continua de aprendizado rítmico / teórico musical é Time Out; até contraditoriamente falando, pensando na forma autodidata da Brubeck, enfim.

Audição indispensável ao ouvinte de música de qualidade, este Time Out, da fantástica Dave Brubeck Quartet!


Vídeo:




Download:


Time Out; Clique Aqui!



Referências Bibliográficas:


All About Jazz





Bom exercício!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Beneath the Mask - Chick Corea & Elektric Band




Beneath the Mask - Chick Corea & Elektric Band



Track List:


1.  Beneath the Mask  -  3:33
2.  Little Things That Count  -  3:50   
3.  One Of Us Is Over 40  -  4:57  
4.  A Wave Goodbye  -  4:46   
5.  Lifescape  -  5:12 
6.  Jammin E. Cricket  -  6:54   
7.  Charged Particles  -  5:21   
8.  Free Step  -  7:47 
9.  99 Flavors  -  3:56  
10. Illusions  -  9:45


Músicos:


Chick Corea - Pianos, teclados e afins
Eric Marienthal - Saxofone
John Patitucci - Contrabaixo
Frank Gambale - Guitarra
Dave Weckl - Bateria


Elektric Band:


Caros amigos leitores, perdoem-me.

Toda e qualquer citação por eu pesquisada na internet que se referia a brilhante Elektric Band de Corea não faz jus a suas enormes qualidades e riqueza musical. Logo me senti envergonhado em colocar conteúdos que julguei tão paupérrimos, enfim. De modo que dessa vez vamos sem referências bibliográficas no tópico que trata o contexto histórico do artista (e nos tópicos posteriores, nos quais uso tanto a linguagem em caráter emotivo que raramente me utilizo de tais referências) e vamos que vamos!

Considero o trabalho de Chick Corea com a Elektric Band o mais criativo de toda sua brilhante carreira. É óbvio que é difícil citar um trabalho mais brilhante vide a vastíssima bagagem musical de Corea; porém, o considero "O CARA" no fusion (opinião pessoal) e acho justamente a Elektric Band seu trabalho mais maduro, por assim dizer, no estilo.

Atualmente, a Elektric Band de Corea conta com apenas 7 discos de estúdio, sendo que seu disco de estréia é de 1986, auto-intitulado. Durante toda a carreira da banda, alguns discos em específicos tratam de determinados temas e linguagens musicais de forma mais efetiva e especifica, já outros abordam tantas temáticas musicais com arranjos tão perfeccionistas que tornam a banda um projeto híper bem sucedido; se não do ponto de vista comercial sem dúvida do musical (que, para nós, apreciadores de boa música, é só isso o que importa).

Posteriormente em meu blog tratarei da fantástica banda "Return to Forever" ( banda esta antecessora a Elektric Band), mas hoje tratarei de meu projeto favorito deste magnífico músico... portanto, vamos ao disco!



Beneath the Mask:


Em suma, o disco que mudou minha vida. Sem exageros. Ainda me lembro com clareza da primeira vez que ouvi Beneath the Mask; estava eu, no Rio Grande do Sul, no início do ano de 2005 (novamente, a título de adendo, refresco-lhes a memória citando minha pouca idade; a explosão musical na minha vida ocorreu efetivamente na década de 2000), à época (e até os dias de hoje, sem dúvida) querendo conhecer absolutamente TUDO o que dizia respeito a música de qualidade. Ouvia rock progressivo em doses exageradas, já conhecia um conteúdo considerável do estilo e, por várias vezes, vira Beneath the Mask no discman (e agora aos leitores mais novos pareço um velho - risos) de meu irmão sem nunca dar muita atenção ao mesmo (com exceção ao nome da banda que já me chamara a atenção nos primeiros contatos). Logo que meu irmão Emanuel se mudara para o Rio Grande do Sul levou consigo quase todos seus cds e, quando cheguei por lá, não perdi tempo em ouvir o que ainda não conhecia... até resolver dar uma chance ao tal "Beneath the Mask" que por tanto tempo vira em seu discman.

Pois bem, o disco já começa com uma frase de bateria absurda e aquilo, não é para menos, já me desmontara completamente. Jamais havia ouvido algo tão diferente, tão estranho e, fundamentalmente... tão bom, tão, enfim, perfeito. À época considerava a música progressiva como o supra-sumo da música popular no que dizia respeito a técnica musical, mas quando ouvi o que logo depois descobri ter a denominação de "Fusion", me fizera mudar drasticamente meus valores musicais (ainda que momentaneamente, é claro; posteriormente, voltei a dar grande valor a todos os estilos musicais que, fundamentalmente, apresentam qualidade de conteúdo). Ainda que não faça tanto tempo assim, caros leitores, a informação hoje em dia é absolutamente mais dinâmica do que há 6 anos atrás, logo, era muito mais difícil do que nos dias de hoje. Descobrir mais sobre a Elektric Band, sobre Fusion, sobre seus músicos, não era uma missão de cinco minutos, como temos alcance nos dias de hoje, enfim.

Ao leitor menos familiarizado, o fusion é um gênero musical que consiste na mistura do jazz com outros estilos, como por exemplo o rock, o funk, o R&B e afins. O estilo começou com músicos de jazz que misturam as formas, técnicas e linguagens de jazz aos instrumentos elétricos do rock, aliados à estrutura rítmica da música popular afro-americana, tais como o soul music, o rhythm and blues e assim por diante. O mesmo surgiu com força na década de 70, principalmente com Miles Davis e seu pupilo à época, não por acaso, o próprio Chick Corea.

Nota-se, por fim, que os músicos de Fusion possuem linguagem e técnica musical absolutamente ampla, que aborda diversos estilos musicais que, num primeiro contato, chega a ser assustador, até; nunca ouvira nada que chegasse perto daquilo. E a paixão foi momentânea. Lembro com clareza que fiquei noites sem dormir ouvindo aquelas convenções dificílimas, aqueles arranjos perfeitos, as melodias esquisitas e as harmonias bizarras (risos) de Beneath the Mask.

Logo foi com Beneath the Mask que decidi virar músico, baterista mais especificamente falando. Posteriormente e muito em breve, vou tratar da carreira solo do baterista da Elektric Band, Dave Weckl, portanto me aprofundarei mais em sua música futuramente. Mas não posso deixar de aqui citar o mesmo. Meu maior herói e fonte de inspiração naquela época (e até os dias de hoje, muito provavelmente) era Neil Peart, baterista do Rush, é claro. O achava, no auge de minha ignorância no início de minha idade adulta, o músico e instrumentista insuperável, o melhor baterista de todos os tempos, enfim; logo fui quebrando tais conceitos formados. Fundamentalmente, Dave Weckl (e todos os outros músicos da Elektric Band) me mostrava que quando o músico / instrumentista é acima da média, o mesmo encontra-se, também, acima de qualquer comparação; logo não existem melhores nem piores, existem preferenciais musicais. Foi então que comecei a entender (eu acho) toda a simplicidade da música; o que importa é o que você, individualmente falando, sente ao ouvi-la. Dave Weckl é tão técnicamente absurdo e musicalmente brilhante que me fez querer ser igual a ele (hoje em dia, é claro, busco minha própria identidade, mas as citações nostálgicas nunca são demais, risos), tanto é que, no meu primeiro dia de aula de bateria, virei ao meu professor e disse: "me ensine a ser Dave Weckl". Se querem saber se obtive sucesso? Até hoje quando o ouço, logo penso: "hoje vai ter fogueira lá em casa..." mas, por fim, ainda não tive coragem de incendiar minha bateria, não.

Por fim, vai meu destaque individual do disco: A música "Illusions", que fecha o mesmo. Impressionante. São tantos temas envolvidos, são tantas variações, são tantas diferentes linguagens musicais abordadas... que, absolutamente, dispensa comentários. Até hoje, confesso-lhes; Illusions é minha música favorita de TODOS OS TEMPOS. É mole???

Enfim, é dificílimo descrever Beneath the Mask, logo, só o que me resta fazer é recomendar-lhes, caros leitores. E espero, encarecidamente, que tal disco mude vossas vidas assim como mudou a minha!


Vídeo:


Illusions Live!


Download:


Beneath the Mask - Clique Aqui!





Boa "Degustação"!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Live from the Blue Note Tokyo - Chick Corea & Akoustic Band


Live from the Blue Note Tokio - Chick Corea & Akoustic Band



Track List:


1.   "Humpty Dumpty"  -  8:51   
2.   "New Waltse"  -  11:32   
3.   "With a Song in My Heart"  -  8:45   
4.   "Chasin' the Train"  -  11:06 
5.   "Summer Night"  -  10:16 
6.   "Tumba"  -  12:30 
7.   "Autum Leaves"  -  9:26   

Músicos:


Chick Corea - Piano acústico e elétrico
John Patittuci - Contrabaixo Acústico
Vinnie Colaiuta - Bateria


Chick Corea:


Armando Anthony "Chick" Corea (Chelsea, 12 de junho de 1941) é um pianista e tecladista de jazz norte-americano e um compositor bastante conhecido por seu trabalho na década de 1970 no gênero chamado jazz fusion, apesar de ter contribuições significativas para o jazz tradicional.

Participou da criação do movimento electric fusion como membro da banda de Miles Davis na década de 1960, e, nos anos 1970, fez parte do grupo Return to Forever.

Continuou a buscar outros colaboradores e a explorar vários estilos e gêneros musicais nos anos 1980 e 1990. Entre os pianistas de jazz, Corea é considerado um dos mais influentes, desde Bill Evans (junto com Herbie Hancock, McCoy Tyner e Keith Jarrett). Também é conhecido por ser um promotor da cientologia.


Live from the Blue Note Tokio:


Caros leitores,


Um felicíssimo ano novo para nós! E uma década repleta de sucesso, também!

E voltamos ao jazz!
Conheçam, caros amigos leitores, meu "jazzista" favorito: Armando Anthony Corea, vulgo Chick Corea. É dificílimo eleger, num ramo musical tão absolutamente vasto e com tantos músicos de qualidade como o jazz (e todas suas inúmeras vertentes), com músicos tais do porte, por exemplo, de Miles Davis (meu segundo favorito), John Coltrane, Herbie Hancock e afins um músico que ganhe sua preferência; porém, desde que ouvi Corea pela primeira vez, tive tal certeza; tecnicamente brilhante, pupilo de Miles, músico de primeiríssima linha, Corea é completo e considero grande parte de sua carreira como perfeita.

Conhecemos aqui, um de seus vários projetos musicais; a Akoustic Band, de sonoridade mais simples e direta e que, fundamentalmente, explora o jazz contemporâneo, enfim. Talvez a Elektric Band (que representa seu amadurecimento no FUSION) ainda seja meu projeto favorito de Corea (e no qual retratarei na próxima semana); mas a Akoustic Band, sem dúvida, não fica atrás tanto em musicalidade quanto em meu gosto pessoal.

Minha escolha para o primeiro dia e sábado do ano foge um pouco a filosofia dos últimos discos que venho trabalhado; Os projetos anteriores eram de caráter mais pretensioso, grandes produções, vários músicos envolvidos e afins; O "live from the blue note tokyo" foge completamente a tal filosofia de trabalho; a própria idéia da Akoustic Band de Corea foge ao preciosismo e megalomania; é jazz. Ainda que mais puxado para o contemporâneo e com influências eruditas, é jazz. Se olharmos o texto acima, o disco conta apenas com três músicos / instrumentistas; piano, contrabaixo e bateria.

Pois bem, a primeira peculiaridade que gostaria de destacar do disco é sua maneira simples de gravação; como toda gravação de jazz que se preze, a mesma conta apenas com uma captação de áudio simples; a mixagem e masterização, cada qual por sua vez e respectivamente, são ainda mais simples; sem a utilização de inúmeros periféricos, em especial dos "estabilizadores de dinâmica", em especial do compressor e gate.

Ao leitor menos familiarizado com tais termos e recursos de áudio acima citados, deixe-me explicar-lhes (ou tentar, enfim): Em diversos estilos musicais (e aqui prefiro não exemplificar para não causar ainda mais polêmica), muitos músicos não tem noção de dinâmica musical, ora por falta de estudos ora por falta de um orientador,  portanto, existem N recursos de áudio hoje em dia que tem por principal objetivo estabilizar tais dinâmicas musicais; Por outro lado, ainda que não como via de regra mas certamente em se tratando de uma maioria, os músicos de estilos mais requintados, tais quais como jazz e música clássica especialmente, estudam, além de métodos técnicos para seu instrumento musical, dinâmica (em especial por treino de percepção); sendo assim, a utilização de tais recursos de áudio torna-se, além de nula (como deve ser), um "assassinato", por assim dizer, a toda musicalidade de seus instrumentistas. Tanto é que, numa gravação de jazz (isto falo eu que já realizei algumas), a captação da gravação é feita ao vivo, impreterivelmente. Todos os músicos gravando juntos, explorando sua musicalidade e inspiração momentânea; esta é a filosofia histórica do estilo. Overdubs e afins muito raramente são utilizados, concomitantemente.

Em suma, o segredo para um bom resultado de produção em se tratando de jazz, tanto uma gravação realizada em estúdio ou ao vivo, é única e exclusivamente deixar a coisa toda acontecer; quem manda são os músicos, invariavelmente. É óbvio que a utilização de equipamentos de captação de áudio e, posteriormente, timbres com sonoridade mais vintage ajuda no "clímax" de sua enorme riqueza atemporal; porém, mais do que isso, estraga.

Live from the blue note tokyo é simples, é música pura e toda as atenções são voltadas única e exclusivamente para isto. Alias, perdoem-me; simples é blasfemar, por absoluto, toda sua enorme riqueza musical. Tal disco é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores que já ouvi na vida; apenas três músicos realizando um trabalho tão brilhante, tão único que, considero um disco acima de qualquer comparação.

A riqueza de seus improvisos, convenções, melodias, harmonias... são absolutamente embasbacantes. Chick Corea, por sua vez, é novamente brilhante; creio que sua principal qualidade como músico, especificamente falando (e não como instrumentista), é sua capacidade de saber a hora de aparecer e a hora dos outros aparecerem. Para mim, não há nada mais admirável do que um músico com esse tipo de percepção; traço esse tipo de parâmetro em comparativo entre um outro projeto de Corea, este meu preferido, a Elektric Band e, por exemplo, uma banda de "Metal Progressivo" (e aqui novamente não farei citações nominais específicas para evitar polêmicas e divergências de opiniões). Além dos músicos do Corea serem do mais alto padrão musical, todos eles sabem a hora de aparecer e a hora de deixar os outros aparecerem; já outras inúmeras bandas do estilo acima citado, aparentemente, vivem uma guerra de egos, inúmeros conflitos musicais e, fundamentalmente, um querendo aparecer mais do que o outro. Mora aí, caros amigos leitores, a diferença entre um bom MÚSICO (aquele que, além de bom instrumentista sabe a hora dos outros aparecerem) e INSTRUMENTISTA (músico que não tem sensibilidade para deixar os outros aparecerem). O Live from the Blue Note Tokyo dá um banho de musicalidade nesse sentido, uma verdadeira aula, sem dúvida.

Por fim, faço um destaque individual (se é que isso é possível) do disco; a presença de Vinnie Colaiuta na bateria. Não há baterista mais versátil do que Colaiuta na música popular; seus trabalhos vão, por exemplo, de Chick Corea há Megadeth. Os dois trabalhos anteriores de Corea com a Akoustic Band contam com Dave Weckl na bateria (assimo como na Elektric Band, também); e, embora este seja um de meus três bateristas favoritos de todos os tempos, creio que em se tratando de jazz, Colaiuta toca com maior maestria do que Weckl, na minha modesta opinião, é claro.

Ao ouvinte de música de qualidade e de jazz, audição única e absolutamente indispensável; este é "Live from the Blue Note Tokyo" de Armando Anthony Chick Corea com sua espetacular Akoustic Band!


Vídeo:


Akoustic Band LIVE!


Download:


MP3 para download e para ouvir: Clique Aqui!


Referências Bibliográficas:


PorgArchives



A HAPPY NEW DECADE!