sábado, 19 de fevereiro de 2011

Chapter 9 - Ed Motta



Chapter 9 - Ed Motta


Track List:


1. The Man From The Oldest Building
2. You're Supposed To...
3. Twisted Blue
4. The Runaways
5. St. Christopher's Last Stand
6. Tommy Boy's Big Mistake
7. The Sky Is Falling
8. The Caretaker
9. Georgie And The Dragons
10. Ikarus On The Stairs


Parcerias:


Cláudio Botelho - Composição de letras;
Rob Gallagher - Composição de letras.


Ed Motta:


Eduardo Motta, (Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1971) é um cantor, compositor e produtor musical brasileiro. A música de Ed Motta está enraizada nos estilos Funk/Soul e Disco, mas visita muito bem o Jazz, a Canção, a bossa nova, o reggae, o rock, e as trilhas sonoras de filmes como Pequeno Dicionário Amoroso, A Partilha Sexo, Amor e Traição e animações como Tarzan e A Nova Onda do Imperador, ambos da Disney.

Com esta diversidade de estilos e vários álbuns lançados no exterior, Ed Motta possui uma reconhecida carreira nacional e internacional. Já tocou e gravou com inúmeros nomes do cenário mundial, como 'Incognito', Bernardie Purdie (baterista do 'Steely Dan'), '4chan', 'Jazzinho' (grupo português), entre outros.

Sobrinho do compositor carioca Tim Maia, Ed Motta ficou conhecido no fim dos anos 1980, com as composições Manuel, e Vamos dançar, que gravou com a sua então banda Conexão Japeri. Nos anos 1990, retornou às paradas de sucesso com os hits Fora da lei, Vendaval e Colombina (esta, lançada em 2000).

Além de multi-instrumentista, Ed também é colecionador de discos(possui mais de 30 mil títulos), fã de quadrinhos europeus e notório apreciador de vinhos, cervejas e chás.


Chapter 9:


Nono trabalho de Ed Motta, "Chapter 9" é mais um excelente disco na carreira do compositor; e, como quase todo disco do mesmo, traz boas novidades musicais.

Desde o surgimento de sua música aos nossos ouvidos, poucos músicos foram tão experimentais, perfeccionistas e, fundamentalmente inteligentes como Ed Motta; são 20 anos de carreira embalados pelas mais diversas faces. Passou com extrema habilidade pelo soul e funk, experimentou muito com o jazz e suas diversas vertentes, foi pop (no sentido de popular) e fez dançar com seus manuais práticos que continham hits inspiradíssimos, além de flertar com diversos outros estilos.

Por fim, em 2008, com "Chapter 9", Ed realiza um trabalho há tempos pretendido pelo mesmo; o primeiro pitaco sobre o disco que gostaria de enaltecer, são suas letras em inglês.

Em parceria principalmente com o britânico Rob Gallagher e Cláudio Botelho, Motta realiza um de seus principais desejos claros em sua carreira, que é compor um disco todo em inglês (vide, é claro, suas vastíssimas influências musicais). Cantando com a maestria de sempre, em Chapter 9 somos presenteados com a temática britânica; aliás, o disco flerta e até experimenta, em diversos momentos, com o rock; logo, constatamos a aula de arranjos que Motta realiza no álbum.

Outro ponto que não poderia deixar de ressaltar é que Motta, em "Chapter 9", sozinho, toca todos os instrumentos presentes no disco, trabalhou em todos os arranjos do mesmo e cuidou, concomitantemente, de toda a produção final. Entre letra e instrumental, caros amigos leitores, confesso-lhes; sou mais fã e entusiasta da segunda arte supra descrita, ou seja, do domínio quanto ao instrumento musical (e, por domínio, creio que o mesmo se dá de várias maneiras; como a lista aqui é interminável, prefiro pular essa parte, enfim). Independentemente de fazer ou não o gosto pessoal de cada um é no mínimo digno de respeito e veneração ver um músico compondo todos os instrumentos de seu disco; sou, confesso, profundo admirador de músicos multi-instrumentistas; no caso de Motta, sou ainda mais fã, pelo mesmo ser, além de multi-instrumentista, um excepcional compositor, produtor musical e, fundamentalmente, cantor.

Por fim, “Chapter 9” contêm dez canções que rondam vários estilos, alguns não tão explorados anteriormente como o rock e outros já habituais como o soul, sempre com a inegável maestria. Sem dúvida um dos melhores da carreira do músico. Simplesmente não dá para deixar de voltar para tocar novamente. Apesar das facetas já conhecidas, “Chapter 9” acrescenta muita coisa “nova” na concepção musical de Ed Motta.

Ainda que difícil de entender (creio que muitos podem não gostar), considero a audição de "Chapter 9", minimamente, interessante.

Eu recomendo!


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Referências Bibliográficas:





Enjoy!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Awake - Dream Theater



Awake - Dream Theater


Track List:


1. "6:00" - 5:31
2. "Caught in a Web" - 5:28
3. "Innocence Faded" - 5:43
4. "A Mind Beside Itself: I. Erotomania" - 6:45
5. "A Mind Beside Itself: II. Voices" - 9:53
6. "A Mind Beside Itself: III. The Silent Man" - 3:48
7. "The Mirror" - 6:45
8. "Lie" - 6:34
9. "Lifting Shadows Off a Dream" - 6:05
10. "Scarred" - 11:00
11. "Space-Dye Vest" - 7:29


Músicos:


Mike Portnoy – Bateria
John Petrucci – Guitarra, violão
Kevin Moore – Teclado
James LaBrie – Vocal
John Myung – Contrabaixo


Dream Theater:


Dream Theater é uma banda de metal progressivo oriunda dos Estados Unidos e formada em meados dos anos 80. Tornaram-se numa das bandas do movimento progressivo mais bem sucedidas desde o auge do rock progressivo em meados dos anos 70.

A banda é conhecida pela qualidade técnica de cada um de seus integrantes, tendo ganhado vários prêmios por revistas especializadas. São muito respeitados por grandes nomes do rock e metal, tendo colaborado com vários outros músicos de renome. Em um exemplo famoso, John Petrucci foi nomeado como o terceiro guitarrista do G3, juntamente com Steve Vai e Joe Satriani, seguindo a trilha de guitarristas como Eric Johnson, Robert Fripp e Yngwie Malmsteen.

Dream Theater também é conhecido por sua versatilidade em estilos musicais, o que tornou possível à banda entrar em turnê com diversas bandas, que incluem Frank Zappa, Deep Purple, Emerson Lake & Palmer, Iron Maiden, Joe Satriani, Marillion, Kansas, In Flames, Pain of Salvation, Porcupine Tree, Queensrÿche, Fear Factory, Enchant, Symphony X, Pink Floyd, Yes e Rush.


Awake:


Ah, o Dream Theater...

Minha história com a banda norte americana é peculiar, sem dúvida. Uma relação, por assim dizer, de "Quase amor e quase ódio" (risos).

À época em que tive meus primeiros contatos musicais com a banda, devo salientar, eu era extremamente radical quanto à música, de uma maneira geral; extremamente preconceituoso (até com música boa, veja vocês). E os descobri como muita gente os descobre; Por sua principal influência ser o Rush. A título de curiosidade, se há algum leitor que não me conheça, minimamente falando, minha banda favorita, é o RUSH; mas tarde vocês vão descobrir o por que.

Enfim, minha primeira audição quanto a música do Dream Theater foi o álbum que escrevo sobre hoje; Awake. Em meados de 2004, aproximadamente, a explosão musical e a descoberta das maravilhas proporcionadas por esta tomavam conta de minha vida; e eu era (sou, numa proporção bem menor hoje em dia, diga-se de passagem) absolutamente fã de música progressiva. Porém, não gostei de Dream Theater imediatamente. Muito ao contrário; desgostei bastante da banda (risos). E os esqueci por muito e muito tempo... até resolver dar uma segunda chance a sua música; e, confesso, gostei de muita coisa que ouvi.

Para começarmos a dissertar sobre Awake, primeiramente, gostaria de ressaltar sua principal qualidade e peculiaridade, na minha modesta opinião: O tratamento de áudio.

Quando me formei em áudio pela Faculdade & Conservatório Musical Souza Lima, meu trabalho de conclusão de curso foi baseado justamente em Awake. Uma gravação muito bem executada (como, indiscutivelmente, é sempre realizada pelo Dream Theater), uma mixagem perfeita e uma masterização impecável; tudo extremamente bem balanceado, nítido, brilhante e claro; coloco Awake no mesmo patamar do disco "Balance" do Van Halen e apenas um pouco abaixo (o que é mérito, absolutamente) do "Black Álbum", do Metallica. Quando trabalhei com áudio, Awake funcionava para mim como a bíblia funciona para um católico, o vademecum para um advogado, enfim; minha cartilha fundamental para afinar sistemas de P.A., mixar trabalhos realizados e assim por diante.

Outro ponto que merece ser destacado em Awake são seus arranjos; à época, diferentemente dos discos atuais do Dream Theater (lembrando sempre que na minha opinião) os integrantes da banda ainda não brigavam por destaques individuais; a música vinha em primeiro lugar (maior prova disso é seu disco anterior; Images and Words), o que é sinônimo, caros amigos, de música inteligente. Ouvíamos um Mike Portnoy e um John Petrucci inspirados, criativos; um John Myung técnico na medida (como, creio eu, é até hoje; o músico mais regular, por assim dizer, da banda) um James Labrie dentro de suas reais possibilidades vocais e, fundamentalmente, um tecladista do porte de Kevin Moore. Kevin é, na minha modesta opinião, o melhor tecladista que o Dream Theater já teve. Com a melhor escolha de timbres, o mais musical, enfim, o melhor. E Awake é seu ápice; sinto muita falta da sonoridade de Moore na música posterior e atual do Dream Theater. Enfim.

Por fim, destaco em Awake a melhor música de toda a carreira do Dream Theater; Erotomania. Com um timbre estarrecedor de teclado, uma bateria somando (e não subtraindo) a música, e um John Petrucci, absolutamente, brilhante, creio que Erotomania é o ápice musical da banda.

Hoje em dia, creio, a banda há muito se perdeu. Mike Portnoy deixou de compor música para compor barulho, John Petrucci perdeu toda sua inspiração e assim por diante. Sem contar todos os ataques de estrelismo de Portnoy, o que culminou em sua saída da banda. Atualmente, creio, a banda luta para se reencontrar; e espero que isso aconteça, pois Awake, Images and Words e em mais alguns lampejos de criatividade, o Dream Theater como um todo fora um grande compositor de música inteligente.


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Referências Bibliograficas:





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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Perpetual Motion - Dave Weckl Band



Perpetual Motion - Dave Weckl Band


Track List:


1. "Double Up" - 5:36
2. "Child´s Play" - 6:22
3. "Mesmer Eyes" 4:30
4. "Skiyper" - 5:51
5. "Oasis" - 5:21
6. "7th Sense" - 7:20
7. "Overdrive" - 4:48
8. "12 Acres" - 6:24
9. "Slingshot" - 6:00
10. "Beacon" - 6:04
11. "Tiempo de Festival" - 5:13


Músicos:


Dave Weckl - Bateria e Percussão
Brandon Fields - Saxofone
Steve Weingart - Piano e teclados
Tom Kennedy - Contrabaixo


Dave Weckl:


For more than 25 years, Dave Weckl has developed and maintained a reputation among fans, peers, and the international music community as one of the great living drummers. For this, he has received numerous accolades and honors; Modern Drummer inducted Dave into their Hall of Fame and named him "one of the 25 best drummers of all time."

But these honors, in addition to many more bestowed by the music community, are the product of Dave's undying commitment to making great compositions. Dave's incredibly dynamic and diverse drumming, which has inspired musicians worldwide, is built on a solid foundation of knowledge and respect for music.

Born in St. Louis Missouri, January 8th, 1960, to a mother who loved music and a father who played the piano as a hobby, Dave started playing drums around the age of 8.

During his high school years, Dave received many awards from the NAJE (National Association of Jazz Educators) for outstanding performances in his high school's competition-winning jazz band. He was involved with numerous local groups from a very young age while studying with St. Louis-area teachers Bob Matheny and Joe Buerger.

At age 16, Dave began to work professionally with local pop and jazz groups. In 1979, he moved to the East coast to study music at the University of Bridgeport in Connecticut. At just 19 years of age, Dave was getting recognized.

While playing the club scene in New York City with a band called Nite Sprite, Dave started to receive accolades from established studio musicians such as Steve Kahn, Michael Brecker, and especially drumming great Peter Erskine. It was Peter who recommended Dave for his first 'big gig' in town with a group called French Toast, forerunner to the Michel Camilo band, which has been recorded quite extensively over the years.

From this group, legendary bassist Anthony Jackson recommended Dave for the prestigious Simon and Garfunkel reunion tour in 1983. After this tour, it was not long before Dave was regularly being called for radio and TV jingles, sound track sessions, and top recording dates with such artists as George Benson, Peabo Bryson, Diana Ross, and Robert Plant, to name a few.

In 1985, Michael Brecker suggested to Chick Corea that he look into Dave's services for his new Elektric Band. That was the beginning of a seven year relationship with both the Elektric and Akoustic Bands, where nine recordings and three videos were produced, including a Grammy for the first Akoustic Band release.

The Elektric Band showcased Dave's cutting-edge drumming and innovative use of electronic and acoustic drums, bringing him world-wide recognition. Though the Elektric Band went on a 10-year hiatus in the early '90s, the band is once again touring from time to time. It also released a 17-part conceptual album entitled "To The Stars" in mid-2004.

As a solo artist, Dave has recorded and produced nine recordings to date, including GRP/MCA solo releases Masterplan, Heads Up, and Hardwired. In 1998, Dave realized his long-time goal of forming a world-touring band. The Dave Weckl Band released five studio records, including: Rhythm Of The Soul, Synergy, Transition, Perpetual Motion, and Multiplicity. The band also released a hot live album, LIVE (and very plugged in) and a compilation of DWB and instructional videos entitled The Zone.


Perpetual Motion:


Vide texto acima, caros amigos blogueiros / leitores,  é notável meu grandioso entusiasmo quando falo deste peculiar baterista; quando falo de Dave Weckl. Quem me conhece, sabe; Sou absolutamente fã da música deste brilhante baterista.

Concomitantemente ao meu descobrimento quanto a fantástica Chick Corea & Elektric Band, veio, por conscequência, meu descobrimento quanto à música de Dave Weckl; Weckl é baterista de Corea em diversos trabalhos. E, em suma, é graças também a este que resolvi me tornar baterista.

Considero Dave um dos dez maiores bateristas de todos os tempos; quem conhece seus trabalhos, sabe. Weckl é "O CARA" no Fusion e, muito provavelmente, um de meus três bateristas favoritos (ao lado de Neil Peart e Gavin Harrison).

E em um de seus últimos trabalhos de estúdio com sua banda própria, a Dave Weckl Band, eu foquei o meu post de hoje no Planeta Música Inteligente;  Creio que Perpetual Motion, caríssimos amigos, em se tratando de sua carreira solo, é seu melhor trabalho até então; tanto como baterista quanto, principalmente, como compositor.

Perpetual Motion traz em essência o aprimoramento de Weckl quanto a técnica circular de Moeller, e isto fica absolutamente claro em, praticamente, todas as músicas do disco; sua criatividade é notável.

Ao amigo leitor menos familiarizado, a técnica circular de Moeller traz em essência dois conceitos fundamentais: A visão da bateria como um todo e a redução do esforço físico para a melhor performance do baterista. Aos adeptos de tal técnica, notamos que a configuração e posicionamento das peças da bateria seguem um mesmo padrão; essencialmente, com o prato de condução (ride) em uma posição quase frontal com o músico. Dave Weckl estudou, como muitos outros bateristas, com o mestre Fredie Grubber; um dos maiores "treinadores", por assim dizer, quanto a técnica circular de Moeller e, todos aqueles que estudam tal técnica, se reciclam; podemos citar aqui, por exemplo, Neil Peart, Kiko Freitas, Steve Gadd, além deWeckl; Em Perpetual Motion, a percepção circular utilizada é absolutamente notável.

Outro ponto interessantíssimo a se destacar em Perpetual Motion é a ênfase que Dave Weckl aplica em seus grooves. Este grande baterista sempre fora intensamente questionado com relação aos seus grooves; como "solista", por assim dizer, sempre foi inquestionavelmente um dos melhores do mundo ou de todos os tempos; mas, com relação aos grooves, fora considerado, constantemente até, ora como pouco criativo, ora até como displicente. Pois bem, Perpetual Motion, em muitos momentos, funciona bem como um cala a boca quanto a esse tipo de crítica; a última faixa do disco, "Tiempo de Festival", não me deixa mentir. A essência da música de Weckl tem como principal influência, estruturalmente falando, a música de Chick Corea; que dá prioridade à música, deixa os outros instrumentistas também aparecerem e, na hora certa, quando a música pede, tem seu próprio momento de brilhantismo.

Isto, meus amigos, é música inteligente.
Enfim, caros amigos, Dave Weckl é escola para todo e qualquer baterista que queira ser, minimamente, notável; sua música inspirou diversos outros bateristas ao redor do mundo não por acaso. Um excelente exercício para os ouvidos, sem dúvidas.

E ao amigo não baterista, por favor, não deixe de ouvir Dave Weckl; pois, antes de baterista, Weckl é compositor; e, fundamentalmente, compositor de Música Inteligente! 


Vídeo:




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Referências Bibliográficas:


Dave Weckl Home Page



Bons estudos!