sábado, 15 de janeiro de 2011

Time Out - Dave Brubeck Quartet, The



Time Out - Dave Brubeck Quartet, The


Track List:


Lado 1:

1." Blue Rondo à la Turk " – 6:44  
2."Strange Meadow Lark" – 7:22
3." Take Five " – 5:24

Lado 2:
 
4."Three to Get Ready" – 5:24 
5."Kathy's Waltz" – 4:48 
6."Everybody's Jumpin' " – 4:23 
7."Pick Up Sticks" – 4:16


Músicos:


Dave Brubeck - Piano
Paul Desmond - Saxofone Alto
Eugene Wright - Contrabaixo
Joe Morello - Bateria


Dave Brubeck Quartet:


O The Dave Brubeck Quartet foi um quarteto de jazz, formado em 1951, por Dave Brubeck.
Durante muito tempo, o quarteto tocou no clube Blackhawk, em São Francisco , tendo ganho grande popularidade em concertos dados em escolas. Gravaram diversos álbuns, dos quais se destacam Jazz at Oberlin, Jazz Goes to College e Jazz Goes to Junior College.

Em 1958, após diversos membros, o quarteto assumiria a sua formação clássica, com Dave Brubeck, Paul Desmond, Joe Morello e Eugene Wright.

Um dos pontos altos do grupo, foi o seu clássico álbum ao vivo, de 1963, At Carnegie Hall, descrito pelo crítico Richard Palmer como sem dúvida o melhor concerto de Dave Brubeck.
O Quarteto de Dave Brubeck acabou em 1967, embora se tenham reunido em 1976, por ocasião do seu 25º aniversário.


Time Out:


Caros amigos leitores!

Hoje, aqui no Planeta Música, seguiremos falando de jazz e dos grandes jazzistas de todos os tempos; conheçam mais um de meus discos favoritos: Time Out, do gênio Dave Brubeck e seu quarteto!

Dave Brubeck, sem sombra de dúvidas, entra no meu "Top 5" de jazzistas preferidos; ficando atrás, talvez e apenas de Chick Corea e John Coltrane (Miles Davis também; mas o admiro principalmente por outros aspectos do que como solista; ainda tratarei isso em meu blog posteriormente), enfim.

O que mais se destaca neste brilhante pianista é sua visão; o considero um músico / compositor muito a frente de seu tempo. O mesmo, ainda que formado na University of the Pacific, em Stockton na Califórnia, acreditem-me, não sabe ler nem escrever partitura. E não que eu creia que isso, de uma maneira geral, seja mérito; não. Um grande amigo meu e profundo conhecedor musical diz que o primeiro passo para se aprender música é se alfabetizar, ou seja, saber ler e escrever partitura; ainda usa como analogia que "um músico sem saber ler e escrever partitura é o mesmo que um professor de história não saber ler e escrever português" e, talvez não com o mesmo radicalismo, ainda assim concordo com ele. Mas, o que quero dizer é que, Brubeck é um grandioso gênio no que diz respeito a harmonia e contraponto, por exêmplo, tem grandes influências eruditas e, fundamentalmente, é um grande compositor; aparentemente, o mesmo encontra-se tão a frente de seu tempo que, no caso específico de Brubeck, não ser possuidor de grandes conhecimentos teóricos torna-se irrisório.

Em "Time Out" fica absolutamente clara a visão á frente, particular e peculiar de Brubeck e de seu quarteto como um todo; o disco, à sua época, é considerado inovador. Ainda que tenha sido duramente criticado no ano de sua estréia, em 1959, é hoje em dia considerado um dos maiores clássicos do jazz de todos os tempos; a maior prova disso é que pode-se achar (como eu já achei diversas vezes) o cd Time Out à venda em "baciões" de grandes e populares redes de supermercados; junto com, por exemplo (e espero que esta seja a última vez que "sujo" meu blog com esse tipo de "música" - risos) "Aviões do Forró"  e a preço de banana.

O disco é considerado inovador à sua época por ser um dos primeiros trabalhos populares a abordar uma métrica musical tão complexa e, tornando-me redundante, é óbvio, fundamentalmente diferente do que se ouvia na época. As fórmulas de compasso utilizadas em quase todas as músicas que constam no disco são bem distintas das usuais, sem dúvida. Constantemente são utilizados compassos compostos e compassos complexos, tais como o 5/4 em "Take Five" e o 9/8 em "Blue Rondo à la Turk" que, não por acaso, são minhas músicas favoritas do disco (e esta primeira, Take Five, uma de minhas favoritas de todos os tempos).

Outro ponto forte a se destacar em Time Out são suas convenções e variações de temas, especialmente esta última, também mais atípica à época. Dave Brubeck trata com uma sensibilidade as variações temáticas de suas composições que desconcertariam qualquer músico que não conhecesse sua linguagem musical; o que enaltece ainda mais as qualidades do quarteto, é impressionante a sintonia quase telepática entre brubeck e, especialmente, Paul Desmond e Joe Morello.

Meu destaque individual do disco, além de Brubeck, é claro, é Joe Morello; em se tratando de jazz clássico, é um de meus bateristas favoritos, sem sombra de dúvidas (ficando atrás apenas dos gênios Buddy Rich e Gene Krupa). Ao baterista que pretende estudar e entender a linguagem musical do jazz, Morello é fonte riquíssima de aprendizado.

Por fim, considero Time Out uma obra prima por se tratar de um disco absolutamente completo; Muito bem executado, musical ao extremo, prazeroso de se ouvir, inovador à época e, fundamentalmente, por se tratar de um ótimo exercício para os ouvidos. Aos leitores familiarizados ou não com o tradicional método de ensino rítmico e ditado musical "Pozzoli", uma excelente forma continua de aprendizado rítmico / teórico musical é Time Out; até contraditoriamente falando, pensando na forma autodidata da Brubeck, enfim.

Audição indispensável ao ouvinte de música de qualidade, este Time Out, da fantástica Dave Brubeck Quartet!


Vídeo:




Download:


Time Out; Clique Aqui!



Referências Bibliográficas:


All About Jazz





Bom exercício!

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