sábado, 8 de janeiro de 2011

Beneath the Mask - Chick Corea & Elektric Band




Beneath the Mask - Chick Corea & Elektric Band



Track List:


1.  Beneath the Mask  -  3:33
2.  Little Things That Count  -  3:50   
3.  One Of Us Is Over 40  -  4:57  
4.  A Wave Goodbye  -  4:46   
5.  Lifescape  -  5:12 
6.  Jammin E. Cricket  -  6:54   
7.  Charged Particles  -  5:21   
8.  Free Step  -  7:47 
9.  99 Flavors  -  3:56  
10. Illusions  -  9:45


Músicos:


Chick Corea - Pianos, teclados e afins
Eric Marienthal - Saxofone
John Patitucci - Contrabaixo
Frank Gambale - Guitarra
Dave Weckl - Bateria


Elektric Band:


Caros amigos leitores, perdoem-me.

Toda e qualquer citação por eu pesquisada na internet que se referia a brilhante Elektric Band de Corea não faz jus a suas enormes qualidades e riqueza musical. Logo me senti envergonhado em colocar conteúdos que julguei tão paupérrimos, enfim. De modo que dessa vez vamos sem referências bibliográficas no tópico que trata o contexto histórico do artista (e nos tópicos posteriores, nos quais uso tanto a linguagem em caráter emotivo que raramente me utilizo de tais referências) e vamos que vamos!

Considero o trabalho de Chick Corea com a Elektric Band o mais criativo de toda sua brilhante carreira. É óbvio que é difícil citar um trabalho mais brilhante vide a vastíssima bagagem musical de Corea; porém, o considero "O CARA" no fusion (opinião pessoal) e acho justamente a Elektric Band seu trabalho mais maduro, por assim dizer, no estilo.

Atualmente, a Elektric Band de Corea conta com apenas 7 discos de estúdio, sendo que seu disco de estréia é de 1986, auto-intitulado. Durante toda a carreira da banda, alguns discos em específicos tratam de determinados temas e linguagens musicais de forma mais efetiva e especifica, já outros abordam tantas temáticas musicais com arranjos tão perfeccionistas que tornam a banda um projeto híper bem sucedido; se não do ponto de vista comercial sem dúvida do musical (que, para nós, apreciadores de boa música, é só isso o que importa).

Posteriormente em meu blog tratarei da fantástica banda "Return to Forever" ( banda esta antecessora a Elektric Band), mas hoje tratarei de meu projeto favorito deste magnífico músico... portanto, vamos ao disco!



Beneath the Mask:


Em suma, o disco que mudou minha vida. Sem exageros. Ainda me lembro com clareza da primeira vez que ouvi Beneath the Mask; estava eu, no Rio Grande do Sul, no início do ano de 2005 (novamente, a título de adendo, refresco-lhes a memória citando minha pouca idade; a explosão musical na minha vida ocorreu efetivamente na década de 2000), à época (e até os dias de hoje, sem dúvida) querendo conhecer absolutamente TUDO o que dizia respeito a música de qualidade. Ouvia rock progressivo em doses exageradas, já conhecia um conteúdo considerável do estilo e, por várias vezes, vira Beneath the Mask no discman (e agora aos leitores mais novos pareço um velho - risos) de meu irmão sem nunca dar muita atenção ao mesmo (com exceção ao nome da banda que já me chamara a atenção nos primeiros contatos). Logo que meu irmão Emanuel se mudara para o Rio Grande do Sul levou consigo quase todos seus cds e, quando cheguei por lá, não perdi tempo em ouvir o que ainda não conhecia... até resolver dar uma chance ao tal "Beneath the Mask" que por tanto tempo vira em seu discman.

Pois bem, o disco já começa com uma frase de bateria absurda e aquilo, não é para menos, já me desmontara completamente. Jamais havia ouvido algo tão diferente, tão estranho e, fundamentalmente... tão bom, tão, enfim, perfeito. À época considerava a música progressiva como o supra-sumo da música popular no que dizia respeito a técnica musical, mas quando ouvi o que logo depois descobri ter a denominação de "Fusion", me fizera mudar drasticamente meus valores musicais (ainda que momentaneamente, é claro; posteriormente, voltei a dar grande valor a todos os estilos musicais que, fundamentalmente, apresentam qualidade de conteúdo). Ainda que não faça tanto tempo assim, caros leitores, a informação hoje em dia é absolutamente mais dinâmica do que há 6 anos atrás, logo, era muito mais difícil do que nos dias de hoje. Descobrir mais sobre a Elektric Band, sobre Fusion, sobre seus músicos, não era uma missão de cinco minutos, como temos alcance nos dias de hoje, enfim.

Ao leitor menos familiarizado, o fusion é um gênero musical que consiste na mistura do jazz com outros estilos, como por exemplo o rock, o funk, o R&B e afins. O estilo começou com músicos de jazz que misturam as formas, técnicas e linguagens de jazz aos instrumentos elétricos do rock, aliados à estrutura rítmica da música popular afro-americana, tais como o soul music, o rhythm and blues e assim por diante. O mesmo surgiu com força na década de 70, principalmente com Miles Davis e seu pupilo à época, não por acaso, o próprio Chick Corea.

Nota-se, por fim, que os músicos de Fusion possuem linguagem e técnica musical absolutamente ampla, que aborda diversos estilos musicais que, num primeiro contato, chega a ser assustador, até; nunca ouvira nada que chegasse perto daquilo. E a paixão foi momentânea. Lembro com clareza que fiquei noites sem dormir ouvindo aquelas convenções dificílimas, aqueles arranjos perfeitos, as melodias esquisitas e as harmonias bizarras (risos) de Beneath the Mask.

Logo foi com Beneath the Mask que decidi virar músico, baterista mais especificamente falando. Posteriormente e muito em breve, vou tratar da carreira solo do baterista da Elektric Band, Dave Weckl, portanto me aprofundarei mais em sua música futuramente. Mas não posso deixar de aqui citar o mesmo. Meu maior herói e fonte de inspiração naquela época (e até os dias de hoje, muito provavelmente) era Neil Peart, baterista do Rush, é claro. O achava, no auge de minha ignorância no início de minha idade adulta, o músico e instrumentista insuperável, o melhor baterista de todos os tempos, enfim; logo fui quebrando tais conceitos formados. Fundamentalmente, Dave Weckl (e todos os outros músicos da Elektric Band) me mostrava que quando o músico / instrumentista é acima da média, o mesmo encontra-se, também, acima de qualquer comparação; logo não existem melhores nem piores, existem preferenciais musicais. Foi então que comecei a entender (eu acho) toda a simplicidade da música; o que importa é o que você, individualmente falando, sente ao ouvi-la. Dave Weckl é tão técnicamente absurdo e musicalmente brilhante que me fez querer ser igual a ele (hoje em dia, é claro, busco minha própria identidade, mas as citações nostálgicas nunca são demais, risos), tanto é que, no meu primeiro dia de aula de bateria, virei ao meu professor e disse: "me ensine a ser Dave Weckl". Se querem saber se obtive sucesso? Até hoje quando o ouço, logo penso: "hoje vai ter fogueira lá em casa..." mas, por fim, ainda não tive coragem de incendiar minha bateria, não.

Por fim, vai meu destaque individual do disco: A música "Illusions", que fecha o mesmo. Impressionante. São tantos temas envolvidos, são tantas variações, são tantas diferentes linguagens musicais abordadas... que, absolutamente, dispensa comentários. Até hoje, confesso-lhes; Illusions é minha música favorita de TODOS OS TEMPOS. É mole???

Enfim, é dificílimo descrever Beneath the Mask, logo, só o que me resta fazer é recomendar-lhes, caros leitores. E espero, encarecidamente, que tal disco mude vossas vidas assim como mudou a minha!


Vídeo:


Illusions Live!


Download:


Beneath the Mask - Clique Aqui!





Boa "Degustação"!

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