sábado, 25 de dezembro de 2010

Abbey Road - Beatles, The



Abbey Road - Beatles, The


Track List:


Lado A:

1. "Come Together"   4:20
2. "Something" (George Harrison) 3:03
3. "Maxwell's Silver Hammer"   3:27
4. "Oh! Darling"   3:26
5. "Octopus's Garden" (Starkey) 2:51
6. "I Want You (She's So Heavy)"   7:47


Lado B:

1. "Here Comes the Sun" (George Harrison) 3:05
2. "Because"   2:45
3. "You Never Give Me Your Money"   4:02
4. "Sun King"   2:26
5. "Mean Mr. Mustard"   1:06
6. "Polythene Pam"   1:12
7. "She Came in Through the Bathroom Window"   1:57
8. "Golden Slumbers"   1:31
9. "Carry That Weight"   1:36
10. "The End"   2:05
11. "Her Majesty"   0:23


Músicos:

John Lennon - Guitarra base, vocal
Paul McCartney - Contrabaixo, vocal
George Harrison - Guitarra solo, vocais
Ringo Starr - Bateria, vocais


Produtores: 

George Martin
Alan Parsons
Tony Banks
Geoff Emerick


Beatles, The:

"Beatles, The" foi uma banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960 e um dos atos mais comercialmente bem-sucedidos e aclamados da história da música popular de todos os tempos; essencialmente, um fenômeno. A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra base e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Enraizada do skiffle e do rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos gêneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros em formas inovadoras e criativas. Sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de "Beatlemania", fizeram com que eles crescessem em sofisticação. Os Beatles vieram a ser percebidos como a encarnação de ideais progressistas e sua influência se estendeu até as revoluções sociais e culturais da década de 1960.

Com a formação inicial de Lennon, McCartney, Harrison, Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria), os Beatles construíram sua reputação nos pubs de Liverpool e Hamburgo durante um período de três anos a partir de 1960. Sutcliffe deixou o grupo em 61, e Best foi substituído por Starr no ano seguinte. Abastecida de equipamentos profissionais moldados por Brian Epstein, que depois se ofereceu para gerenciar a banda, e com seu potencial reforçado pela criatividade do produtor George Martin, os Beatles alcançaram um sucesso imediato no Reino Unido com seu primeiro single "Love Me Do".

Ganhando popularidade internacional a partir do ano seguinte, excursionaram extensivamente até 1966, quando retiraram-se para trabalhar em estúdio até sua dissolução definitiva em 1970. Cada músico então seguiu para uma carreira independente. McCartney e Starr continuam ativos; Lennon foi baleado e morto em 1980, e Harrison morreu de câncer em 2001.


Abbey Road:


Caríssimos amigos leitores,

Primeiramente, um felicíssimo natal e um próspero ano novo a todos vocês! E continuem acessando o PLANETA MÚSICA pois, o mesmo, NÃO PARA! Semanalmente, aos sábados mais especificamente falando, trago e divido convosco minhas resenhas e sugestões musicais!

Pois bem, hoje continuaremos numa linha dos clássicos absolutos da música; continuemos a retratar o vintage, a essência do rock e sua história; vamos aos Beatles!

Aparentemente tarefa fácil, vide o número de informações e marcos históricos que rodeiam os quatro carinhas de Liverpool, acreditem-me; Falar dos Beatles, ironica e contraditoriamente, é difícil. Melhor dizendo, é difícil resumir, é difícil ter coerência para nem escrever demais, nem omitir fatos e fontes históricos, além de, evidentemente, abordar toda a enorme riqueza artística da banda.

Enfim, minha escolha específica de um álbum foi, como vocês podem ver, Abbey Road; décimo segundo e último disco da carreira dos mesmos (salve "Let It Be", lançado posteriormente, porém, com músicas compostas anteriores a Abbey Road).

Confesso-lhes; poderia ter escolhido diversos outros discos dos quais sou fã e entusiasta de sua riquíssima história musical, tais como Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, White Álbum, Revolver, enfim; Mas creio que, na minha opinião evidentemente, Abbey Road é insuperável e, fundamentalmente, meu disco preferido de toda a brilhante carreira dos Beatles; e explico-lhes o porque.

Comecemos pela capa do disco; uma das melhores e mais "enigmáticas", por assim dizer, capas de todos os tempos. Para quem não sabe, à época, corria o boato que Paul McCartney estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966; entramos no mundo das incertezas e mitos das mensagens subliminares.

A foto da capa do disco conteria supostas "pistas" que dariam força ao rumor de que Paul estava morto: McCartney está descalço, fora de passo com os outros, está de olhos fechados, tem o cigarro na mão direita apesar de ser canhoto, e a placa do fusca, em inglês, "beetle" estacionado é "LMW" referindo se as iniciais de "Linda McCartney Widow" ou "Linda McCartney Viúva", abaixo o "281F", supostamente referindo-se ao fato de que McCartney teria 28 anos se estivesse vivo. (O I em "28IF" é realmente um "1", mas isso é difícil de se ver na capa. Um contra-argumento é que Paul tinha somente 27 anos no momento da publicação de Abbey Road, embora alguns interpretem isso como ele teria um dia 28 anos se ele estivesse vivo.)

Os quatro Beatles na capa, segundo o mito "Paul está morto", representariam o Padre (John, cabelos compridos e barba, vestido de branco), o responsável pelo funeral (Ringo, em um terno preto), o cadáver (Paul, em um terno, mas descalço - como um corpo em um caixão), e o coveiro (George, em jeans e uma camisa de trabalho denim). Além disso há um outro carro estacionado, de cor preta, de um modelo usado para funerais e eles andam em direção a um cemitério próximo a Abbey Road. Notem também que atrás do Paul tem um carro como se estivesse passado pelo mesmo lugar que ele está. Outra suposta pista seria que na contra-capa do álbum, ao lado esquerdo da palavra Beatles, teria 8 pontos formando o número 3 (sendo então "3 Beatles").

Por fim, analisemos tal mito de uma maneira muito clara e objetiva: MARKETING. E, vide repercussão até os dias de hoje, uma ação de mercadologia que deu mais do que certo (risos).

Musicalmente falando, caros amigos, o disco traz algumas peculiaridades interessantes: A idéia de McCartney, juntamente com o quinto Beatle, o grande produtor George Martin, era compor um disco simples, sem a utilização de overdubs (gravação de estúdio realizada por canais separados) dando assim uma roupagem mais orgânica ao mesmo, porém com arranjos e melodias bem trabalhados; o resultado? A grande obra prima, Abbey Road.

Aos amigos leitores menos familiarizados com tais termos técnicos de recursos de gravação, tentarei explicar-lhes a diferença entre uma gravação com o recurso de "overdubs" e uma gravação sem tal recurso:

Uma gravação em overdubs possibilita, por exemplo, a gravação de duas ou mais guitarras, executadas pelo mesmo guitarrista e, por fim, fazendo junção a mesma música; Pode-se captar, por exemplo, um diferente som de guitarra sem distorção, utilizando-se um canal de gravação estéreo, utilizando-se também um tipo de microfone e um posicionamento de amplificador específicos e obtendo-se, por tanto, um tipo específico de timbre; Concomitantemente, pode-se realizar o mesmíssimo procedimento para obter-se um som de guitarra com distorção, porém evidentemente com microfonação e posicionamento de amplificador TAMBÉM específicos, obtendo-se um timbre desejado ao resultado final; posteriormente, é possível juntar os dois canais e introduzir os mesmos na mesma música; hoje em dia, tal recurso, é amplamente utilizado em determinados estilos musicais; o rock é um deles, sem dúvida.

A título de curiosidade, é por conta disso que, principalmente nos dias de hoje, vemos tantas bandas brilhantes em estúdio e ruins ao vivo; tal recurso é, sem dúvida, uma faca de dois gumes.

A idéia de McCartney, por fim, era a não utilização de tal recurso; gravando assim todas as músicas "ao vivo", por assim dizer. No jazz, por exêmplo, a utilização de overdubs é quase que um assasinato à sua música; o overdub possibilita um resultado final mais matemático e, a sua não utilização, possibilita um resultado mais musical, orgânico e cru.

Enfim, voltando a Abbey Road, creio que nenhum outro disco da banda é tão rico em arranjos, produção musical, orquestração, composição e execução das músicas. A título de esclarecimento, para algumas músicas, houve a necessidade da utilização de overdubs; mas nada que comprometesse o resultado e filosofia finais pretendidos por McCartney em Abbey Road.

Outro ponto forte do disco é, por fim, a aceitação da crítica, de maneira geral, quanto a enorme qualidade de George Harrison como compositor; as duas músicas de sua autoria que constam no disco, "Here Comes the Sun" e "Something" provam tal enorme capacidade. A primeira, a título de curiosidade, é minha preferida dos Beatles e uma de minhas preferidas de todos os tempos; a segunda, por sua vez, foi regravada por Frank Sinatra e eleita a melhor composição de Harrison por seu companheiro de banda, Paul McCartney.

Particularmente falando, creio que a melhor carreira solo de um ex beatle é a de George Harrison; a cada semana, meu beatle favorito muda em ordem preferencial, mas é de meu bom senso decretar a carreira de Harrison como a mais brilhante de um ex beatle (sem, absolutamente, não desmerecer a carreira dos demais).

Por fim, clássicos como "Come Together" e "Oh! Darling", além das já acima citadas, coroam um trabalho caprichoso, compenetrado e magnífico; Abbey Road é audição obrigatória para qualquer fã de música de qualidade!


Curiosidades sobre Abbey Road:

- Durante as gravações de Abbey Road, o engenheiro de som Geoff Emerick fumava muito os cigarros da marca "Everest". Por algum tempo, ficou decidido entre os Beatles que este seria o nome do disco;


- Eles até pensaram em fretar um jato e ir até o Everest tirar a foto pro disco. Mas como estavam em cima do prazo, decidiram atravéssar a rua, e chamar de Abbey Road em homenagem ao estúdio que serviu a eles durante quase 10 anos;

- Abbey Road é o álbum mais vendido dos Beatles;


- Foi o primeiro disco da história a ser gravado com oito canais de audio;

- Alan Parsons, o assistente de som, produziu o clássico de 1973 "The Dark Side of the Moon" da banda inglesa Pink Floyd (que, com certeza absoluta, ganhará espaço no meu blog posteriormente);

- John Kurlander, o engenheiro de som, foi produtor e diretor de som da trilogia "O Senhor Dos Anéis";

- O fusca da capa está atualmente no museu da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha;

- Esse foi mais um trabalho dos Beatles envolvendo o polêmico número nove. Sintomaticamente encerrando a carreira dos Beatles (Abbey Road = 9 letras), segue a linha de "Revolution 9" e que depois seria retomada por Lennon em sua carreira solo, # 9 Dream, e em diversas outras citações do ex-beatle;

- Neste álbum, encontra-se a música mais curta dos Beatles (Her Majesty) com apenas 0:23 segundos de duração.


Vídeo:

Here Comes the Sun


Download:

Abbey Road MP3 Download, clique aqui!


Referências Bibliográficas:

National Association of Recording Merchandisers
Google

Divirtam-se!

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